"Uma vida não questionada não merece ser vivida" (Platão)
Boa Leitura!
Ele associou-se a todas os grupos sociais da sociedade Judaica, atraindo o Bem e repelindo o mal, repreendendo o vicio e aliviando a miséria, mas a maior parte do seu tempo ele passou entre as classes médias que constituem o osso e o sustentáculo da nação, os agricultores e trabalhadores da Galileia, que nos são descritos como industriais, raça brava e corajosa, tomando a liderança em movimentos políticos sediados, e constituindo até ao último momento a defesa de Jerusalém.177 Ao mesmo tempo, eram olhados pelos Judeus mais rigorosos da Judeia como Semi-pagãos ou semi-bárbaros, daí a pergunta, “Pode algum bem sair da Galileia”, e “da Galileia não sairá nenhum Profeta.” 178 Ele seleccionou os seus apóstolos de Humildes, Honestos e Simples Pescadores, que se tornaram pescadores de Homens e professores das futuras idades. Na Judeia Ele entrou em contacto com os líderes Religiosos, e era apropriado que Ele deveria fechar o seu ministério e estabelecer a sua Igreja na capital da nação.
Moveu-se entre as pessoas como um Rabino (meu Senhor) ou como Mestre, e sob estes nomes geralmente chamavam-no.179 Os Rabinos eram os Líderes Intelectuais e Morais da Nação, teólogos, pessoas de Direito, e Pregadores, os interpretadores da Lei, os guardiães da consciência, os reguladores da vida e conduta diária, que eram classificados como Moisés e os Profetas, com alegada igual reverência. Eles estavam mais elevados do que os Sacerdotes que ganhavam a sua posição pelo nascimento, e não por mérito Pessoal. Cobiçavam os lugares dos Chefes nas Sinagogas e Festas, gostavam de ser saudados no mercado e serem chamados pelos Homens, “Mestre, Mestre.” Daí a advertência do Senhor: “Quanto a vós, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos.”180 Eles ensinavam no Tempo, na sinagoga, e na escola (Bethhamidrash), e ensinavam os seus pupilos, sentados no chão a seus pés, perguntando, e respondendo questões, nos intricados do Judaísmo casuístico. Eles acumulavam as tradições orais que eram posteriormente incorporadas no Talmude, esse enorme repositório de sabedoria e loucura Judaica. Executaram actos oficiais gratuitamente.181 Derivavam o seu suporte a partir de honrosos comércios ou presentes de seus alunos, ou se casavam em famílias ricas. O Rabino Hillel advertiu contra o ganho de fazer da lei fonte de lucro, mas também contra o excesso de trabalho, dizendo: “Quem é muito dado ao comércio, não se tornará sábio.” No livro de Jesus, filho de Sirach (que foi escrito cerca do ano 200 A.C.), um mercador é representado como incompatível com a vocação de estudante e Professor182, mas o sentimento predominante na época de Cristo favoreceu uma combinação de trabalho físico e intelectual com benefícios para a saúde e o carácter. Um terço do dia devia ser usado para estudar, um terço para rezar, e outro para trabalhar. “Amor ao trabalho manual”, foi o lema da Shemaja, um professor de Hillel. “Aquele que não ensina o seu filho ser mercador” disse Rabino Jehuda, “é a mesma coisa, como lhe ensinasse a ser um ladrão.” “Não há comércio,” diz o Talmude, “no qual pode ser dispensado, mas feliz é aquele que tem em seus pais o exemplo de mercadores do mais excelente tipo.183”
O próprio Jesus não foi apenas Filho de um Carpinteiro, mas durante a sua Juventude ajudou o seu Pai no trabalho.184 Quando ele começou o seu Ministério público, o Zelo pela Casa de Deus reivindicou todo o seu tempo e força, e as suas modestas necessidades era mais que fornecidas por alguns discípulos gratos, a fim de que alguma coisa fosse deixada para benefício do pobre.185 Santo Paulo aprendeu o ofício de fabricador de tendas, que era a disposição da sua nativa Cilícia, e derivou desta o seu sustenho, ainda que Apóstolo, poderia aliviar as suas congregações e manter uma independência nobre.186
Jesus utilizou os lugares usuais de instrução pública a Sinagoga e o Templo, mas também pregava fora de portas, sob a montanha, no, lado do mar, e onde as pessoas se reuniam para ouvi-lo. “Eu tenho falado abertamente ao mundo; sempre ensinei na Sinagoga e no Templo, onde todos os Judeus se reúnem, e não disse nada em segredo.187 Paulo também ensinava nas Sinagogas onde quer que tivesse uma oportunidade nas suas viagens apostólicas.188 O familiar modo de ensino era por disputa, perguntando e respondendo a perguntas sobre pontos intricados, da lei, por parábolas e conceituosas sentenças, facilmente ditas por memória. O Rabino sentado numa cadeira, e os alunos ficavam de pé, ou sentavam-se no chão a seus pés.189 O conhecimento da Lei de Deus era geral entre os Judeus e considerado o mais importante que possuíam. Eles recordavam os mandamentos melhor do que os seus próprios nomes.190 A instrução começava na infância no seio da família e continuada na escola e Sinagoga. Timóteo aprendeu as Sagradas Escrituras nos joelhos da sua mãe Avó.191 Josefo ostenta, em detrimento dos seus superiores, que, quando tinha apenas quatorze anos de idade, ele tinha um tal conhecimento exacto de direito que ele foi consultado pelo Sumo Sacerdote e os Homens de prestígio de Jerusalém.192 Professores foram nomeados em cada cidade, e as crianças foram ensinadas a ler e escrever no seu sexto ou sétimo ano, mas escrever era raro conseguirem.193
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