"Todo aquele que comete pecado é escravo do pecado; ora o servo não fica para sempre em casa, o Filho fica para sempre; se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres."
Hillel foi um Fariseu que atingiu grande notoriedade,acabou por morrer um pouco depois de Jesus ter nascido, por isso muitos fariseus acabam por comparar este com Jesus, no entanto o Autor mostra-nos que Cristo está acima de qualquer homem.
Boa Leitura!
A infinita elevação de Cristo acima dos homens do seu País e tempo, e o seu mortal conflito com os Fariseus e Escribas são tão evidentes que parece irrelevante e absurdo criar um paralelo entre Ele e Hillel ou qualquer outro Rabino. E no entanto, tem sido feito por alguns modernos Rabinos Judaicos, como Geiger, Gratz, Friedlander, que corajosamente afirmam, sem sombra de uma prova histórica, que Jesus era um fariseu, um discípulo de Hillel, e devendo a ele os seus mais altos princípios morais. Por este elogio tentam desapreciar a sua originalidade. Abraham Geiger (d. 1874) diz na sua Das Judenthum und seine Geschichte (Breslau, 2d ed. 1865, vol. I. p. 117): "Jesus war ein Jude, ein pharisäischer Jude mit galiläischer Färbung, ein Mann der die Hofnungen der Zeit theilte und diese Hoffnungen in sich erfüllt glaubte. Einen neuen Gedanken sprach er keineswegs aus [!], auch brach er nicht etwa die Schranken der Nationalität .... Er hob nicht im Entferntesten etwas vom Judenthum auf; er war ein Pharisäer, der auch in den Wegen Hillels ging." This view is repeated by Rabbi Dr. M. H. Friedlander, in his Geschichtsbilder aus der Zeit der Tanaite n und Amoräer. Ein Beitrag zur Geschichte des Talmuds (Brünn, 1879, p. 32): "Jesus, oder Jeschu, war der Sohn eines Zimmermeisters, Namens Josef, aus Nazareth. Seine Mutter hiess Mirjam oder Maria. Selbst der als conservativer Katholik [sic!] wie als bedeutender Gelehrter bekannte Ewald nennt ihn ’Jesus den Sohn Josef’,.... Wenn auch Jesus’ Gelehrsamkeit nicht riesig war, da die Galiläer auf keiner hohen Stufe der Cultur standen, so zeichnete er sich doch durch Seelenadel, Gemüthlichkeit und Herzensgü te vortheilhaft aus. Hillel I. scheint sein Vorbild und Musterbild gewesen zu sein; denn der hillelianische Grundsatz: ’Was dir nicht recht ist, füge, deinen Nebenmenschen nicht zu,’ war das Grundprincip seiner Lehren." Renan faz uma similar afirmação, na sua Vie de Jésus (Chap. III. p. 35), mas com consideráveis qualificações: "Par sa pauvreté humblement supportée, par la douceur de son caractère, par l’opposition qu’il faisait aux hypocrites et aux prêtres, Hillel fut le vrai maître de Jésus, s’il est permis de parler de maître, quand il s’agit d’une si haute originalité." Esta comparação foi efectivamente disposta por prestigiados estudiosos como o Dr. Delitzsch, no seu valioso opúsculo Jesus und Hillel (Erlangen, 3d revised ed. 1879, 40 pp.); Ewald, V. 12–48 (Die Schule Hillel’s und deren Geqner); Keim I. 268 – 272; Schürer, p. 456; and Farrar, Life of Christ, II. 453 – 460. Todos esses escritores chegaram à mesma conclusão da perfeita independência e originalidade de Jesus. No obstante, é interessante analisar os factos do caso.
Hillel e Shammai são os mais distintos entre os Rabinos Judaicos. Eram dois contemporâneos fundadores de duas escolas rivais de Teologia Judaica (como São Tomás de Aquino e Duns Scotus são duas escolas de Teologia Escolástica). É estranho que Josefo não os menciona, só se os menciona com os nomes helenizados de Sameas e Pollion. Mas esses nomes concordam melhor com Shemaja e Abtalion, dois célebres Fariseus e Mestres de Hillel e Shammai, aliás ele designa Sameas como discípulo de Pollion (ver Ewald, V. 22-26; Schurer, p. 455). A tradição talmúdica obscureceu as suas histórias e embelezou-a com muitas fábulas.
Hillel I. ou o Grande foi um descendente da família real de David, e nascido na Babilónia. Ele exilou-se em Jerusalém com grande pobreza, e morreu cerca do A. D. 10. Dele se diz ter dito que vivera 120 anos, como Moisés, 40 anos sem aprender, 40 anos como estudante e 40 anos como Mestre. Ele é o avô do Sábio Gamaliel em cuja família a residência do sinédrio era hereditária por várias gerações. Pelo seu zelo ardente por sabedoria, e sua pura, amável e gentil personagem, ele atingiu grande notoriedade. Ele disse ter entendido todas as línguas, mesmo as línguas desconhecidas de montanhas, montes, vales, árvores, animais selvagens e domésticos, e demónios. Ele era chamado “o gentil, o sagrado, o erudito de Erza.” Havia um provérbio: “O Homem deveria ser sempre manso como Hillel, e não exaltado como Shammai.” Ele difere do Rabino Shammai por uma interpretação mais suave da lei, mas em alguns pontos, como a grande pergunta se estava certo ou errado comer um ovo num dia de Sábado, aí teve uma visão mais rígida. Uma linha do Talmude é chamada Beza, o Ovo, depois desta famosa disputa. Que distância deste que disse: “O Sábado foi feito para o Homem, e não o Homem para o Sábado: então o Filho do Homem é Senhor mesmo do Sábado.”
Muitos sábios provérbios, embora parcialmente obscuros e de interpretação duvidosa, são atribuídos a Hillel em linha com Pirke Aboth (que é consagrado na Mishna e enumerado, no Cap. 1, os pilares da tradição Judaica de Moisés até à destruição de Jerusalém). A seguir estão os melhores:
“Ser discípulo de Aarão, que ama a Paz e constrói a Paz; Amar os Homens, e insere-lhes a lei.”
“Aquele que abusa de um bom nome (ou, é ambicioso em engrandecer o seu nome) destrói-o.”
“Quem não aumentar o seu conhecimento diminui-o.”
“Não te separes da congregação, e não tenhas confiança em ti mesmo até aos dias da tua morte.”
“Se eu não me importo com minha alma, quem se importará por mim? Se só me importo com minha alma, o que é que sou? Se não agora, quando?”
“Não julgues o teu próximo até estares na mesma condição dele.”
“Diga não, Eu hei-de arrepender quando tiver tempo-livre, com receio que esse tempo-livre nunca seja seu.”
“O Homem de paixão nunca será um professor.”
“No lugar onde não há homens, sê um Homem.”
Mas o seu altivo Farisaísmo é claramente visto nesta declaração: “Nenhum homem ignorante facilmente evita o pecado; nenhuma pessoa comum é piedosa.” Os inimigos de Cristo no Sinédrio disseram o mesmo (Jo 7:49): “Mas essa multidão que não conhece a Lei, é gente maldita!” Alguns de seus ensinamentos são de duvidosa moralidade, por exemplo, a sua decisão que, na perspectiva de uma vaga expressão em Dt. 24:1, um homem pode expulsar a sua mulher “mesmo que ela cozinha o seu jantar mal.” Esta é porém, suavizada por Rabinos modernos, de modo a significar: “se ela trazer descrédito sobre a sua casa”
quarta-feira, 15 de julho de 2009
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