domingo, 29 de novembro de 2009

Os Apóstolos Representantes III

"Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos. Vem o dia em que ajuntarei todas as nações e línguas; e virão e verão a minha glória." Isaías 66:18

Último postagem referente aos Apóstolos pilares da Fé Cristã.

Boa Leitura!

Pedro era o principal actor no primeiro estágio do Cristianismo Apostólico, cumprindo ainda a profecia, fundando a Igreja entre os Judeus e Gentios. Na segunda fase, Ele é ensombrado pelos trabalhos poderosos de Paulo, no entanto depois da Idade Apostólica, Pedro destaca-se novamente mais proeminente na memória da Igreja. Ele é escolhido pela comunidade em Roma, como o seu especial Padroeiro e como o primeiro Papa. Ele é sempre mencionado antes de Paulo. Em nome dele a maioria das Igrejas são dedicadas. Em nome deste pobre pescador da Galileia, que não tinha nem ouro ou prata, e foi crucificado como um ladrão e escravo, foram coroados e depostos Reis, Impérios tremeram, bênçãos foram dispensadas assim como maldições na Terra e no purgatório, e ainda hoje tem o Poder da Infalibilidade, onde dita a doutrina e a disciplina cristã a todo mundo Católico.
Paulo foi o principal actor na segunda fase da Igreja Apostólica, O Apostolo dos Gentios, o fundador do Cristianismo na Ásia Menor e Grécia, o emancipador da Nova Religião do jugo do Judaísmo, o arauto da liberdade evangélica, o portador da norma da reforma e do progresso. Sua influência foi sentida igualmente em Roma, e é vista claramente na genuína epístola de Clemente, que tem mais em conta Paulo do que Pedro. Mas logo depois ele está quase esquecido, excepto pelo nome. Ele é, de facto, associado a Pedro como o fundador da Igreja em Roma, mas em uma linha secundária. A sua epístola aos Romanos é pouco lida e compreendida pelos Romanos ainda hoje, a sua Igreja permanece fora dos muros da eterna cidade, enquanto S. Pedro está ornamentada de glória e de chefia. Só em África é que foi apreciado, em primeiro lugar pelo áspero e atrevido Tertuliano, mais plenamente pelo profundo Agostinho, que passou por semelhantes contrastes na sua experiência religiosa, mas as doutrinas Paulinas de Agostinho, das doutrinas do pecado e da graça não teve qualquer efeito sobre a Igreja Oriental, e praticamente foram exaltadas na Igreja Ocidental por tendência Pelagianas. Por um longo tempo o nome do Paulo foi usado e abusado fora da ortodoxia e hierarquia por anti-católicos heréticos e sectários no seu protesto contra o novo jugo do tradicionalismo e cerimonioso. Mas, no século XVI ele celebrou uma verdadeira ressurreição e inspirou a reforma evangélica. Então suas epístolas aos Gálatas e Romanos foram republicadas, explicadas, e ampliadas com línguas de trompete por Lutero e Calvino. Em seguida, o seu protesto contra o dogmatismo Judaizante e intolerância jurídica, foi renovada, e os direitos da liberdade Cristã foram afirmados em maior escala. De todos os Homens na história da Igreja Católica, S. Agostinho não é excepção, Martinho Lutero, mais como monge, do que profeta da liberdade, tinha uma afinidade pela palavra e trabalho do Apóstolo dos Gentios, e desde de então o génio de Paulo tem regulado a Teologia e a Religião dos Protestantes. Como o Evangelho de Cristo foi expulso de Jerusalém para abençoar os gentios, assim as Epístolas de Paulo aos Romanos foram expulsas de Roma, para iluminar e para emancipar as nações protestantes distantes do Norte e Oeste.
S. João, o mais intimo companheiro de Jesus, o Apóstolo do Amor, o místico, que olhou para trás do inicio do mundo, e a avançou para a fase pós mundo no final de todas as coisas, e ainda o tempo que demorará a vinda do Senhor, manteve-se distante na polémica da controvérsia entre Judeus e Gentios cristãos. Ele aparece em destaque nos actos e nas epístolas aos Gálatas, como um dos pilares apóstolos, mas nem uma palavra dele foi reportada. Ele estava esperando num silêncio misterioso, com um vigor reservado, para seu bom tempo, que não chegou até Paulo e Pedro terminarem a sua missão. Então, depois da sua partida, ele revelou as profundidades ocultas do seu génio em seus maravilhosos escritos, que representam a última coroação e trabalhos da Igreja Apostólica. João nunca foi plenamente o foco, mas fez-se sentir em todos os períodos da história da Igreja, no qual ele tem melhor entendimento e retrato do Mestre, e pode ainda falar a última palavra no âmbito do conflito das idades e iniciar uma era de harmonia e paz. Paulo é o heróico capitão da Igreja militante, João, o profeta místico da Igreja triunfante.
Muito acima deles todos, ao longo do todo o apostolado e de todas as Igrejas e idades subsequentes, está um grande Mestre do qual Pedro, Paulo e João inspiraram-se, a quem se prostraram em adoração Santa, a quem eles serviram e glorificaram na vida e na morte, e no qual eles apontam nos seus escritos como imagem perfeita de Deus, como o Salvador do pecado e da morte, como o doador da vida eterna, como a divina harmonia do conflito dos credos e das escolas, como o Alfa e Ómega da Fé Cristã.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Os Apóstolos Representantes II

"E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus." Lucas 23:35

Boa Leitura!

Gostaríamos de saber mais sobre as relações pessoais destes Apóstolos pilares, no entanto devemos satisfazer-nos com algumas sugestões. Eles trabalharam em diferentes campos e raramente se encontraram face a face na sua movimentada vida. O tempo era muito precioso, o seu trabalho muito sério, para prazeres sentimentais da amizade. Paulo foi para Jerusalém no A.D. 40, três anos após a sua conversão, com o objectivo expresso de conhecer pessoalmente Pedro, passando duas semanas com Ele, no entanto não viu nenhum dos outros Apóstolos, apenas Tiago, o irmão do Senhor236. Ele encontrou-se com os Apóstolos pilares no Concílio de Jerusalém, A.D. 50, e celebrou com eles, a pacífica concordata referente à divisão do trabalho, e à questão da circuncisão. Os mais antigos Apóstolos deram-lhe a Ele e a Barnabé “o braço direito de comunhão” em sinal de fraternidade e fidelidade237. Não muito tempo depois Paulo reencontra-se com Pedro pela terceira vez, em Antioquia, mas entrou em colisão aberta com Ele, na grande questão da liberdade Cristã, e a união dos Judeus com os Pagãos convertidos238. A discordância foi apenas temporária, mas significativamente revela a profunda comoção e fermentação da idade apostólica., e aponta antagonismos e reconciliações futuras na Igreja. Vários anos depois (A.D.50) Paulo refere-se a Pedro uma última vez, e aos irmãos do Senhor, pelo direito de ter uma mulher Cristã com Ele nas suas jornadas missionárias239. Pedro, em sua primeira epístola às Igrejas Paulinas, confirma-os na Fé Cristã, e em sua segunda epístola, a sua última vontade e testamento, ele carinhosamente louva as letras do seu “amado irmão Paulo”, acrescentado no entanto, uma característica notável, que todos os comentadores devem admitir como verdadeira, que (mesmo tendo em conta a discórdia em Antioquia) há nos escritos de Paulo “algumas coisas difíceis de serem compreendidas240.” De acordo com a tradição (que varia consideravelmente quanto aos pormenores), os grandes líderes dos Judeus e Gentios Cristãos reuniram-se em Roma, onde foram julgados e condenados em conjunto, Paulo, o cidadão Romano, teve a morte pela espada sobre a estrada em Ostian nas Tre Fontane; Pedro, o Apostolo Galileu, teve a mais degradante morte na cruz na colina do Janiculum. João menciona Pedro frequentemente no seu Evangelho, especialmente no apêndice241, mas nunca menciona Paulo, Ele conheceu-o, como parece, uma única vez, em Jerusalém, encarregando-o como companheiro de braço direito, tornando-se seu sucessor no campo frutífero da Ásia Menor, construindo sobre a sua fundação.

domingo, 15 de novembro de 2009

Os Apóstolos Representantes I

"Por cobre trarei ouro, e por ferro trarei prata, e por madeira, bronze, e por pedras, ferro; e farei pacíficos os teus oficiais e justos os teus administradores." Isaías 60:17

O Autor agora, vêm nos falar um pouco dos Apóstolos representantes, as suas diferenças de personalidade, no entanto, tendo em comum um só Mestre, uma só Fé!

Boa Leitura!

PEDRO, JOÃO, e PAULO destacam-se mais proeminente, como os três escolhidos que realizaram a grande obra da idade apostólica, e exerceram, por seus escritos e exemplo, um grande controlo e influência nos tempos subsequentes. Para eles correspondem três centros de influência, em Jerusalém, Antioquia, e de Roma.
Nosso Senhor, escolheu Ele próprio três dos doze dos seus mais íntimos companheiros, que testemunharam a Transfiguração e na agonia no Getsemani. Eles cumpriram todas as expectativas, Pedro e João por seus longos e sucessivos trabalhos, Santiago Maior por beber cedo a amarga taça de seu Mestre, como o protomártir dos doze233. Desde a sua morte, A. D. 44, Tiago, “o irmão do Senhor” parece ter-lhe sucedido, como um dos três “pilares” da Igreja da circuncisão, embora ele não pertence-se aos apóstolos no sentido estrito do termo, e sua influência, como o chefe da Igreja em Jerusalém, foi mais local do que ecumenical234.
Paulo fora o último a ser chamado e fora da ordem normal, pela aparência pessoal do Senhor exaltado no céu, e em autoridade e importância Ele era igual a qualquer um dos três pilares, preenchendo um lugar por Ele próprio, como o Apóstolos dos Gentios. Ele tinha à sua volta um pequeno grupo de Colaboradores e alunos, tais como Barnabé, Silas, Tito, Timóteo e Lucas.
Nove dos Doze originais, incluindo Matias, que foi escolhido no lugar de Judas, trabalharam sem dúvida fielmente e eficazmente, na pregação do Evangelho por todo o Império Romano até às fronteiras dos Bárbaros, mas em posições subordinadas, e o seu trabalho apenas nos é conhecido a partir das vagas e incertas tradições235.
Os trabalhos de Tiago e Pedro podemos seguir nos Actos no Conselho de Jerusalém, A.D. 50, e um pouco mais além, os de Paulo até à sua prisão em Roma, A.D. 61-63, e João viveu até ao encerramento do primeiro século. Quanto aos fim das suas vidas, não temos nenhuma informação no Novo Testamento, mas o testemunho unânime da antiguidade, que Pedro e Paulo sofreram o martírio em Roma, durante ou depois da perseguição de Nero, e que João morreu de morte natural em Éfeso. Os Actos rompem abruptamente com Paulo continuando vivendo e trabalhando, como prisioneiro em Roma “pregando o Reino de Deus e ensinando as coisas relativas ao Nosso Senhor Jesus Cristo, com toda a audácia, ninguém o proibindo.” Uma conclusão significante.
Seria difícil encontrar três homens tão grandes e bons, igualmente dotados de génio e santificados pela graça, ligados por um forte e profundo amor ao Mestre comum, e trabalhando pela mesma causa, no entanto tão diferentes em temperamento e constituição, como Pedro, Paulo e João. Pedro se destaca na história como o principal pilar da primitiva igreja, como o Apóstolo Rocha, como o chefe das doze pedras da fundação da Nova Jerusalém. João como o amigo de coração do Salvador, como o filho do trovão, como a águia nas alturas, como o Apóstolo do Amor. Paulo como o campeão da Liberdade e Progresso Cristão, como o grande Missionário, com “o cuidado de todas as Igrejas” no seu coração, como o expoente da vida Cristã, como o Pai da teologia Cristã. Pedro era um Homem de acção, sempre com pressa e pronto para assumir liderança, o primeiro a confessar Cristo, e o primeiro a pregar Cristo no dia do Pentecostes. Paulo um Homem potente em palavras e acções. João um Homem místico e de contemplação. Pedro era iletrado e totalmente prático, Paulo um estudioso e pensador, assim como trabalhador, João um teosófico e vidente. Pedro tinha ‘sangue quente’, ardente, impulsivo, esperançoso, bondoso, com mudanças bruscas “Consistentemente inconstante” (para usar um frase de Aristóteles). Paulo era colérico, energético, negro, nobre e independente, e intransigente. João um pouco melancólico, introvertido, reservado, queimando em Amor por Cristo e em Ódio pelo Anti-Cristo. As Epístolas de Pedro estão cheias de doce graça e conforto, o resultado de profunda humilhação e rica experiência. As de Paulo abundam em pensamentos profundos e argumento lógico, mas crescendo às vezes, às alturas de eloquência celeste, como é a seráfica descrição do Amor e do Hino triunfal do oitavo capítulo aos Romanos. Os escritos de João são simples, serenos, profundos, intuitivos, sublimes e inesgotáveis.

sábado, 7 de novembro de 2009

Importância da Idade Apostólica

"Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão." Salmos 51:13

Como o título diz, fala da importância da Idade Apostólica para a subsequente história da Cristandade, pois esta é como uma fonte onde todas as Idades Futuras podem ir beber..

Boa Leitura!

A vida de Cristo é o Divino Humano, fonte e cabeça da Religião Cristã, a idade Apostólica é a fonte e cabeça da Igreja Católica, como uma sociedade organizada separada e distinta da sinagoga Judaica. É a idade do Espírito Santo, a idade da inspiração e legislação para todas as idades subsequentes.
Salta aqui, na sua pureza e frescor original, a água viva da nova criação. O Cristianismo vem de cima do Céu como um facto sobrenatural, no entanto, há muito predito e preparado, e adaptado aos mais profundos desejos da natureza humana. Sinais e maravilhas, e demonstrações extraordinárias do Espírito, para a conversão dos não crentes Judeus como Pagãos, assistindo a sua entrada no mundo do pecado. Retoma a sua residência permanente na nossa raça caída, para transformá-la gradualmente, sem guerra ou derramamento de sangue, em silêncio, como um divino processo, em um reino de verdade e justiça. Modesta e humilde, baixo e feio na sua aparência exterior, mas constantemente consciente da sua origem divina e o seu eterno destino, sem ouro ou prata, mas ricos sobrenaturalmente em dons e poder, fortes na fé, no amor ardente, e alegres na esperança, que ostentam na Terra vasos dos imperecíveis tesouros dos céus, se apresenta Ela própria na história como a única verdadeira, a perfeita religião, para todas as nações da Terra. No início, insignificante, e mesmo desprezível seita aos olhos das mentes carnais, odiada e perseguida pelos Judeus e Pagãos, que confunde a sabedoria dos Gregos e o Poder Romano, cedo planta, os estandartes das cruzes nas grandes cidades da Ásia, África, e Europa, e comprova-se a Esperança do Mundo.
Em virtude desta original pureza, vigor e beleza, e o permanente sucesso do primitivo Cristianismo, a canónica autoridade da única mas inesgotável volume da sua literatura, o carácter dos Apóstolos, os órgãos inspirados pelo Espírito Santo, aqueles iletrados professores da humanidade, a Idade Apostólica tem um incomparável interesse e importância na História da Igreja. É o fundamento imóvel do todo. Tem a mesma regulativa força para todos os desenvolvimentos posteriores da Igreja como os escritos dos inspirados Apóstolos tiveram para os trabalhos para as obras posteriores dos autores Cristãos.
Além disso, o Cristianismo Apostólico é performativo, e contêm os genes de todos os que vivem os seguintes períodos, personagens e tendências. Possui o mais alto padrão de Doutrina e Disciplina, é o génio inspirador de todos os verdadeiros progressos, sugere a cada idade o seu peculiar problema com o poder de resolvê-lo. O Cristianismo nunca poderá ultrapassar Cristo, mas ele cresce em Cristo. A Teologia não pode ir mais além do que o Verbo de Deus, mas deve sempre progredir no entendimento e na aplicação do Verbo de Deus. Os três principais Apóstolos representam não só as três fases da Igreja Apostólica, mas também como muitas idades e tipos de Cristianismo, e no entanto, Eles estão todos presentes em todas as idades e todos os tipos232.