quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Décimo Quinto Ano de Tibério

"A coisa pior que há na vida, não é nunca termos conseguido. É nem sequer termos tentado."

O autor com os dados históricos tirados do Evangelho, e com fontes Históricas conhecidas, além do Evangelho, tenta situar a vida de Cristo na História humana!

Boa Leitura!

(3) Luke 3:1, 23, dá-nos um importante e evidente indicação dos poderes reinantes na época de João Baptista e Cristo após a entrada no seu ministério público, que de acordo com o costume dos Levitas, era na idade dos Trinta.113 João Baptista começou o seu ministério “no décimo quinto ano do reinado de Tibério114”, e Jesus, que era cerca de seis meses mais novo que João (comp. Lucas 1:5, 26), foi baptizado e começou a ensinar com “cerca de Trinta anos de idade.115” Tibério começou a reinar em conjunto com Augusto, como “colega imperii”, A. U. 764 (ou, de qualquer forma, no começo de 765), e independentemente, Agosto 19, A. U. 767 (a.d. 14); consequentemente, o décimo quinto ano do seu reinado foi no A. U. 779, se contar a partir do reinado conjunto (como Lucas provavelmente o fez, usando o termo mais genérico hJgemoniva em vez de monarquia ou basileiva 116, ou no A. U. 782, se contar a partir do reinado independente (como era o costume do romano método) 117.
Agora, se voltarmos atrás Trinta anos do A. U. 779 ou 782, chegamos ao A. U. 749 ou 752, como o ano do nascimento de João, que precedeu Cristo cerca de seis meses. A data anterior a (749) é, sem dúvida, a preferida, pois concorda com a declaração de Lucas que Cristo nasceu sobre o reinado de Herodes (Lucas 1:5, 26). 118
Dionísio provavelmente (pois não temos a certeza sobre o assunto), calculou a partir do reinado independente de Tibério, mas mesmo que não nos trouxesse para o A. U. 754, implicaria uma contradição com Lucas e Mateus e com ele119.
As outras datas em Lucas 3:1 geralmente concordam com este resultado, mas são menos precisas. Pôncio Pilatos foi durante 10 anos governador da Judeia, do A. D. 26 até 36. Herodes Antipas foi deposto por Calígula, A. D. 39. Felipe, seu irmão, morreu A. D. 34. Por conseguinte, Cristo deve ter morrido antes do A. D. 34, na idade dos Trinta e Três anos, se consentirmos que o seu ministério público durou três anos.

sábado, 25 de abril de 2009

A Estrela de Belém III

"Jamais as trombetas se calarão nos Céus... Até todos tomarem conhecimento De que... as Estrelas São, daqueles que as acenderam…"

Tudo indica que de facto a Estrela de Belém, foi um fenómeno muito raro e ainda hoje um pouco obscuro, espero que a partir de hoje seja mais conhecido...

Boa Leitura!

Ideler descreve o resultado de seu cálculo (vol. II. 405) assim: Eu fiz os cálculos com todos os cuidados... Os resultados são suficientemente marcantes. Ambos os planetas [Júpiter e Saturno] entraram em conjunção pela primeira vez no A. U. 747, 20 de Maio no 20º grau da constelação Peixes. Eles apareciam em seguida, sobre o céu antes do nascer do Sol e estavam apenas um grau separados. Júpiter passava Saturno, a norte. Em meados de Setembro ambos estavam em oposição ao Sol à meia-noite no Sul. A diferença de longitude era um grau e meio. Ambos se afastavam e voltavam a aproximar-se. No dia 27 de Outubro uma segunda conjunção teve lugar no 16º grau da constelação de peixes, e no dia 12 de Novembro, quando Júpiter moveu-se novamente para Este, a terceira, no 15º grau da mesma constelação. Nas últimas duas conjunções também a diferença de longitude era apenas de 1º grau, de modo que para à vista nua ambos planetas parecessem uma estrela. Se os astrónomos Judeus atribuem grandea expectativas à conjunção dos dois planetas na parte superior na constelação de Peixes, esta deve, acima de tudo ter aparecido para eles a mais significativa”.
Em sua curta Lehrbuch der Chronologie, que apareceu em Berlim 1831 um Vol., pp. 424-431, Ideler dá substancialmente a mesma conta um pouco abreviada, mas com ligeiras, modificações dos valores de base em um novo cálculo com melhor tabelas feitas pelo célebre astrónomo Encke, que coloca a primeira conjunção de Júpiter e Saturno A. U. 747, 29 de Maio, a segunda em 30 de Setembro, a terceira no dia 5 de Dezembro. Veja a tabela completa de Encke, p. 429.
Completámos essa conta com um trecho de um artigo sobre a Estrela dos Reis Magos pelo Rev. Charles Pritchard, MA, Exmo. Secretário da Sociedade Astronómica Real, que fez um novo cálculo da conjunção do A. U. 747, de Maio a Dezembro, e publicou os resultados em Memórias do Real Ast. Society, vol. XXV., e nos Smith’s “Dicíonário Bíblica”, p. 3108, Am. Ed., onde ele diz: “Nessa altura [final de Setembro, A. C. 7] não pode haver dúvidas Júpiter iria apresentar para os astrónomos, principalmente em uma atmosfera tão clara, um magnífico espectáculo. Era então a sua mais brilhante aparição, pois foi na sua abordagem tanto mais próximo ao Sol como à Terra. Não muito longe dele seria visto, com muito menos interesse o seu companheiro Saturno. Este glorioso espectáculo continuou praticamente inalterado durante vários dias, até à nova separação lenta dos planetas, terminando em seguida a trajectória de separação, quando Júpiter reassumindo um movimento directo, aproximando-se outra vez de Saturno para um terceira conjunção, apenas como os Reis Magos podem ter supostamente entrado na Cidade Santa. E, para completar o fascínio da História, cerca de uma Hora e meia depois do pôr-do-sol, os dois planetas podiam ser vistos a partir de Jerusalém, uma vez que estavam sobre o meridiano, e suspensos no céu de Belém ao longe. Estes fenómenos celestiais, assim descritos, assim foram vistos, e a sua primeira impressão parece certamente preencher as condições da Estrela dos Reis Magos. Se Pritchard, no entanto, rejeita a identidade da conjunção com a única estrela de Belém, é por causa de entendimento demasiado literal da linguagem de Mateus que leva a um entendimento miraculoso do fenómeno.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Estrela de Belém II

"Quando o quinto anjo tocou a trombeta, vi uma estrela do céu cair sobre a terra e foi-lhe entregue a chave do poço do abismo." Apocalipse 9:1

Continuámos com o tópico anterior...

Boa Leitura!

Como este argumento astronómico é muitas vezes citado descuidadamente e erroneamente afirmado, e como as obras de Kepler e Ideler não são de fácil acesso, pelo menos na América (Encontrei-os na Livraria Astor), permitem-me estudar o caso um pouco mais. John Kepler escreveu três tratados sobre o ano de Nascimento de Cristo, dois em Latim (1606 e 1614), um em Alemão (1613), no qual ele discute com notável conhecimento sobre os fatos e passagens que ostentam este tema. Eles são reimpressos na Dr. Ch. Frish’s Edição da sua Opera Omnia (Frcf. Et Erlang. 1858-70’, 8 vols.), vol. IV. Pp. 175 sqq.; 201.; 279 sqq. Suas observações astronómicas sobre a constelação que o levaram a esta investigação são totalmente descritos no seus tratados De Stella Nova no Pede Serpentarii (Opera, vol. II. 575 sqq.), e Phenomenon singulare Mercuris em seu Sole (ibid. II. 801 sqq.). Prof. Ideler, ele próprio um astrónomo e cronologista, no seu Handbuch der mathemat. und technischen Chronologie (Berlin, 1826, vol. III. 400 sqq.), dá o seguinte resumo claro de Kepler e das suas próprias observações:
“Normalmente, é suposto que a estrela de Belém era, se não uma ficção da imaginação, algum meteoro que surgiu acidentalmente, ou ad hoc. Nós pertenceremos não aos incrédulos, nem aos super-Crentes (weder zu den Ungläubigen noch zu den Uebergläubigen), e consideramos este fenómeno estrelar de Kepler real e bem determinável por cálculo, a saber, como uma conjunção dos planetas Júpiter e Saturno. Mateus fala apenas de uma estrela, e não uma constelação, não precisa de incomodar-nos, porque as duas palavras são confundidas frequentemente. O Grande Astrónomo justamente nomeado, que estava bastante familiarizado com a astrologia do seu tempo e de épocas anteriores, e que ele ocasionalmente a usou como meio para chamar a atenção e o respeito dos leigos, primeiramente concebeu esta ideia quando ele observou a conjunção dos mencionados dois planetas no momento do fecho do ano 1603. Realizou-se no dia 17 do mês de Dezembro. Na primavera seguinte Marte juntou-se-lhes, e no Outono de 1604 ainda uma outra estrela, uma das estrelas fixas, (einer jener fixstern-artigen Körper), no qual cresceu a um considerável grau de luminosidade, e então gradualmente desapareceu sem deixar um rasto atrás. Esta estrela situava-se perto dos dois planetas, a este do Pé da constelação Serpentário (Schlangenträger), e quando finalmente apareceu, era vista como uma estrela de primeira grandeza com o esplendor incomum. De mês para mês a sua luminosidade desvanecia, e no final de 1605 foi revogada a partir da qual os olhos ainda não podiam ser auxiliados por bons instrumentos ópticos. Kepler escreveu um especial trabalho na sua Stella nova na Pede Serpentarii (Prague, 1606), e lá ele primeiramente descreve que a estrela dos Magos consistiu em uma conjunção de Saturno, Júpiter e algumas outras extraordinárias estrelas, cuja natureza ele não consegue explicar de forma mais aprofundada.” Ideler vai então relatar (p. 404) que Kepler, com imperfeitos enquadramentos à sua disposição, descobriu a mesma conjunção de Júpiter e Saturno A. U. 747 em Junho, Agosto e Dezembro, na constelação dos Peixes, no próximo ano, Fevereiro e Março, Marte foi adicionado e, provavelmente, uma outra extraordinária estrela, que deve ter excitado os astrónomos de Chaldaea ao mais alto grau. Eles provavelmente viram primeiro a nova estrela e depois a constelação.
Dr. Munter, o bispo de Seeland, em 1821 dirigiu uma nova atenção a esta notável descoberta, e também ao comentário do Rabínico Abarbanel sobre Daniel, segundo a qual os astrónomos Judeus esperavam a conjunção dos planetas de Júpiter e Saturno na constelação dos peixes antes do advento do Messias, e pediram aos astrónomos para investigar novamente este ponto. Desde então, Schubert de Petersburgo (1823), e Ideler Encke de Berlim (1826 e 1830) e, mais recentemente Protchard de Londres, terem verificado os cálculos de Kepler.

sábado, 18 de abril de 2009

A Estrela de Belém I

"Uma estrela difere de outra em esplendor." (1 Cor. 15, 41)

O autor vai-nos falar da famosa estrela da Belém, aquela que anuncia a vinda do Messias, muitos julgam que foi um milagre sobrenatural, outros que foi um cometa, mas Deus é o autor do Universo, que ainda está, cheio de segredos!
Este tópico terá três postagens.

Boa Leitura!

(2) Outra dica cronológica está no Evangelho de Mateus 2:1-4, 9, que tem sido verificada pela astronomia, é a Estrela de Belém ou dos Rei Magos, que surgiu antes da morte de Herodes, e que naturalmente atrairia a atenção dos Sábios astrónomos do Leste, ligada à expectativa do advento de um grande Rei entre os Judeus. Essa crença surgiu a partir da profecia de Balaão “a estrela que surge de Jacob” (Num. 24:17), e entre as profecias messiânicas de Isaías e Daniel, que amplamente prevaleceram no Oriente desde a dispersão dos Judeus109.
A mais antiga interpretação dessa estrela, foi a da passagem de um meteoro, ou um fenómeno estritamente milagroso, que se situa fora da ciência astronómica, e talvez apenas vista pelos Reis Magos. Mas a Providência, geralmente trabalha através de fenómenos naturais, e que Deus fê-lo neste caso é muito provável, devido a uma notável descoberta astronómica. O grande e Devoto Kepler observou nos anos 1603 e 1604 uma conjunção de Júpiter e Saturno, evento que mais raro se tornou e luminoso devido à adição de Marte no mês de Março de 1604. No Outono do mesmo Ano, observou perto dos planetas Júpiter, Saturno e Marte, um nova (fixa) estrela de brilho incomum, que surgiu “numa triunfal pompa, como, alguns dos mais Poderosos Monarcas em visita ao seu Reino.” Era resplandecente e brilhante “ como a mais bela e gloriosa tocha, jamais vista impulsionada por um forte vento”, no qual pareceu-lhe ser “uma obra excessivamente maravilhosa de Deus110.” Seu Génio percebeu que este fenómeno conduzia com determinação ao ano do Nascimento de Cristo, e com cuidadosos cálculos, ele constatou que uma similar conjunção de Júpiter e Saturno, e com a posterior adição de Marte, provavelmente alguma estrela extraordinária, tomou o seu lugar repentinamente A. U. 747 e A. U. 748 na constelação dos Peixes.
É digno de nota que Judeus astrólogos atribuem especial significado para a conjunção dos planetas de Júpiter e Saturno, unindo-o ao advento do Messias111.
A descoberta de Kepler foi quase esquecida até ao Séc. XIX, quando foi confirmada por diversos ilustres astrónomos independentes, Shubert de Petersburgo, Ideler e Encke de Berlim, e Pritchard de Londres. Pritchard que pronunciou ser “tão certo como qualquer fenómeno celestial na Antiguidade”. Não há dúvida que faz a peregrinação dos Reis Magos a Jerusalém e a Belém mais inteligível. “ A estrela da Astrologia tornou-se assim uma tocha cronológica” como diz Ideler, e um argumento para a veracidade dos primeiros Evangelhos112.
Objecta-se que Mateus quis mencionar apenas uma única estrela (comp. Mateus 2:9), em vez de uma combinação de estrelas. Hence Dr. Wieseler completa o cálculo de Kepler e Ideler apelando à ajuda de um cometa que apareceu a partir de Fevereiro a Abril, A. U. 750, de acordo com as tabelas astronómicas Chinesas, que Pingré e Humboldt reconheceram – nas como históricas. Mas isto é um pouco inverosímil e dificilmente necessário, para a extraordinária estrela descrita por Kepler, ou Júpiter na sua aparência mais luminosa, conforme descrito por Pritchard, essa conjunção memorável, responderia suficientemente à descrição de uma única estrela por Mateus, que em todos os eventos descritos não devemos pressionar literalmente, pois a linguagem Bíblica sobre fenómenos naturais, como no caso dos corpos celestes não é científica, mas fenomenal e popular. Deus condescendeu à fé astrológica dos Magos simbólica em todos os aspectos da vida, e provavelmente também fez uma revelação interna antes, bem como após o surgimento da estrela (comp. 2:12).
Se aceitarmos os resultados dos cálculos astronómicos, estes trazem-nos para entre dois anos da Natividade, ou seja, entre A. U. 748 (Kepler) e 750 (Wieseler). A diferença decorre, naturalmente, a partir da incerteza da hora da partida e a duração da viagem dos Magos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A Morte de Herodes

"Deus enxugará todas as lágrima dos seus olhos, e não haverá mais morte, nem pranto, nem dor. Porque as primeiras coisas passaram." (Ap 21.4).

Os primeiros martires da causa de Cristo, ainda que com idade inferior a 2 anos, morreram sob abominável Herodes, Holocausto que não foi esquecido e ajuda os Historiadores a situar o nascimento de Cristo.

'Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar" (Mat. 18:6)'

Boa Leitura!

(1) De acordo com Mateus 2:1 (Comp. Lucas 1:5,26), Cristo nasceu “nos dias do rei Herodes”. I. Ou o Grande, que morreu de acordo com Josefo, em Jericó, A. U. 750, pouco antes da Páscoa, chegando quase à idade de Setenta Anos, após um reinado de Trinta e Sete Anos104. Esta data foi verificada por cálculos astronómicos sobre o eclipse da Lua, que teve lugar em Treze de Março de A. U. 750, poucos dias antes de Herodes morrer105. Permitindo dois meses ou mais para os eventos entre o nascimento de Cristo e o assassinato dos Inocentes por Herodes, por isso o nascimento de Cristo deve ser adiado até Janeiro ou Fevereiro, A. U. 750 ou (A. C. 4).
Alguns pressupõem a partir do assassinato das Crianças do sexo masculino em Belém, “de até dois anos”106, que Cristo deve ter nascido dois anos antes da Morte de Herodes, mas isto conta a partir do tempo em que a estrela foi vista pelos Reis Magos (Mateus. 2:7), no qual pretendemos ter a certeza da existência do fenómeno. Não há nenhuma razão de duvidar do facto em si, pois a passagem da Sagrada família no Egipto estão indissociavelmente ligados a este. Pois, embora o horrível acto da chacina por parte do rei Herodes é ignorado por Josefo, está em sintonia com a conhecida crueldade de Herodes, que assassinou Hycranus por ciúme, o avô da sua esposa favorita Mariammne, depois a própria Mariamme, que Herodes estava fervorosamente ligado, depois os seus dois filhos, Alexander e Aristobulus, e, apenas cinco dias antes a sua morte, o seu filho mais velho, Antipater, que ordenou a todos os nobres em seus últimos momentos antes de ser executado, que reunissem em torno dele depois da sua morte, para que possa, pelo menos, ser marcada pelo presença de luto universal. Para tal monstro o assassinato de uma ou dúzias de crianças em uma pequena vila107, é um assunto de pequena importância, que facilmente podia ter sido negligenciado, ou, devido à sua ligação com o Messias, propositadamente ignorado pelo Historiador Judeu. Mas uma confusa memória do caso, está preservada num escrito relatado por Macrobius (um gramático romano, e provavelmente um pagão, cerca de A. D. 410), que Augusto, ouvindo o assassinato perpetuado por Herodes, “de crianças até dois anos” e do seu próprio filho, comentou “ que era melhor ser suíno de Herodes, do que seu filho.”108 A cruel perseguição de Herodes e a passagem no Egipto era um significativo sinal da experiência da Igreja Primitiva, e uma fonte de conforto em cada período de martírio.

sábado, 11 de abril de 2009

A Cronologia da Vida de Cristo

"A pessoa sensata vê o perigo e foge dele; mas a insensata vai em frente e acaba mal" Provérbios 22:3

Depois, de o autor tentar descrever a figura de Cristo, agora como o autor escreve em baixo iremos situar a vida de Cristo na História!

Boa Leitura!

Vamos examinar brevemente a ordem cronológica das datas da Vida de Cristo.
I. O Ano do Nascimento – Isto deve ser apurado pela ciência Histórica e cronológica, uma vez que não existe uma certa tradição harmoniosa sobre o assunto. Nossa era Cristã, que foi introduzida pelo abade romano Dionísio Exiguus, no século VI, e entrou em uso geral dois séculos mais tarde, durante o reinado de Carlos Magno, colocando a Natividade a 25 de Dezembro, 754 ano Urbis, isto é, após a fundação da cidade de Roma103. Quase todos os cronologistas concordam que isso está errado, pelo menos quatro anos. Cristo nasceu A. U. 750 (A. C. 4).
Isto é evidente a partir das seguintes instruções cronológicas nos Evangelhos, comparados e confirmados por Josefo e escritores contemporâneos, e por cálculos astronómicos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O Fundador do Cristianismo VII

"Se caíres sete vezes, levanta-te oito."

Bom chegámos à ultima postagem sob o título 'O Fundador do Cristianismo', espero que os leitores tenham conhecido melhor a figura de Cristo, no qual, ainda hoje, tal como Napoleão observou no passado, existem milhões de pessoas dispostas a morrer pelo o seu nome, pelo o Reino de Deus! Que Nossas Senhora vos abençoe!

Boa Leitura!

Esta conclusão é confirmada pelos efeitos da manifestação de Jesus, que transcendem de longe todas as capacidades e potências Humanas. A História do Cristianismo, com seus incontáveis Frutos de uma vida mais Elevada e mais Pura da Verdade e do Amor que nunca foi conhecido antes ou agora é conhecido fora da sua influência, é como um contínuo comentário da vida de Cristo, e testemunha em todas as páginas Históricas a inspiração do seu Santo Exemplo. O Poder dele é sentido em todos os dias de um Senhor com milhares de servos, nos palácios dos Reis e nas cabanas dos mendigos, em universidades e colégios, em cada escola onde o Sermão da Montanha é lido, nas prisões, nos lares, nos asilos de órfãos, assim como na casa das Famílias felizes, em trabalhos instruídos e em simples linhas de sucessão infinita. Se esta História dos nossos dias tem qualquer valor, é uma prova de que Cristo é a Luz e a vida num Mundo caído.
E não há nenhum sinal de que o seu poder seja cada vez mais débil. O seu Reino é mais difundido do que nunca, e tem a melhor perspectiva da vitória final em toda a Terra. Napoleão em Santa Helena é relatado como tendo sido surpreendido com a reflexão de que milhões já estavam prontos para morrer pelo o Nazareno Crucificado que fundara um Império Espiritual de Amor, e no entanto ninguém morreria por Alexandre, ou César, ou ele próprio, que fundaram impérios temporais pela a força. Ele viu neste contraste um argumento convincente da Divindade de Cristo, dizendo: “ Eu conheço os Homens, e eu digo-te, Cristo não era um Homem. Tudo sobre Cristo surpreende-me. Seu espírito oprime-me e confunde-me. Não há comparação possível entre ele e qualquer outro ser. Ele permanece sozinho e único.102 E Goethe, outro génio militar, de carácter muito diferente, mas igualmente acima da suspeita de parcialidade no campo Religioso, procurando nos últimos anos da sua vida no vasto campo da História, foi constrangido a confessar “se alguma vez o Divino apareceu na Terra, estava na Pessoa de Cristo,” e que “a mente Humana, não importa o quão longe ela possa avançar em qualquer Disciplina, nunca irá transcender a altura e a cultura Moral do Cristianismo como ela Brilha e Brilha no Evangelho”.
O racionalismo, ou mito, e lendárias tentativas de explicar a vida de Cristo em motivos puramente Humanos e Naturais, e de transformar os elementos miraculosos em eventos comuns, ou em inocentes ficções, são esmagados e divididos na Rocha do Carácter e Testemunha de Cristo. Os mais capazes biógrafos infiéis de Jesus professam agora o mais profundo respeito pelo seu Carácter, e louvam-no como o maior Santo e Sábio que apareceu na Terra. Mas ao rejeitar o seu testemunho sobre a Sua Origem Divina e a Sua Missão, tornam-no um mentiroso, e, ao rejeitar o milagre da Ressurreição, farão a Grande Verdade do Cristianismo um riacho sem uma Fonte, uma casa sem alicerce, um efeito sem causa. Negando os milagres físicos, eles esperam-nos que acreditemos em milagres psicológicos maiores, de fato, eles substituem os milagres sobrenaturais da História em antinaturais prodígios e incríveis absurdidades da sua imaginação. E ainda refutem-se e excedem-se uns aos outros nas absurdidades. A História do erro do Século XIX é uma História de Auto-Destruição. As hipotéticas hipóteses quase amadurecidas eram logo substituídas quando outras eram inventadas, para terem a mesma sorte, ao passo que a velha Verdade da Fé Cristã permanece inabalável, e marcha pacificamente em sua conquista contra o erro e o pecado
Em Verdade, Jesus Cristo, O Cristo dos Evangelhos, o Cristo da História, o Cristo Crucificado e Ressuscitado, verdadeiro Deus, verdadeiro Homem, é o mais Real, o mais Certo, o mais abençoado de todos os Factos. E é esta realidade que cada vez mais presente e em crescente poder que invade a Igreja e conquista o Mundo, e é esta a sua melhor evidência, como o Sol brilha no céu. Este facto é a única solução do terrível mistério do pecado e da morte, a única inspiração de uma vida de Amor a Deus e ao Homem, e a única guia para um vida de Felicidade e Paz. Sistemas construídos pela Sabedoria Humana aparecem e desaparecem na História, reinos e impérios também, mas para todos os tempos futuros Cristo permanecerá “o Caminho, a Verdade, e a Vida”.

sábado, 4 de abril de 2009

O Fundador do Cristianismo VI

“A morte e a vida estão em poder da língua’’ (Pr 18,21)”.

"Cristo reivindica ser o Messias prometido","alega a Pre-Exitênçia antes de Abraão","Promete a Paz e a Vida Eterna a todo aquele que nele crê","Perdoa os Pecados", Simples e Humilde as suas obras o testemunham, Morto na Cruz, ressuscitou dos Mortos para dizermos com Tomé "Meu Senhor e Meu Deus!".

Boa Leitura!

É indissociável do seu Próprio testemunho manifestar-se como Deus, como aparece em todos os Evangelhos, com uma ligeira diferença de grau entre os Sinópticos e do S. João. Apenas pondere sobre isso! Reivindica ser o Messias prometido, o cumpridor da Lei e dos Profetas, o fundador e legislador de um novo Reino Universal, a Luz do Mundo, o Mestre de todas as Nações e Idades, de cuja autoridade não há recurso. Ele afirma ter vindo a este Mundo para o salvar e libertar do jugo do Pecado, tarefa que nenhum Ser apenas Humano pode fazer. Afirma ainda o poder de perdoar os pecados na Terra, que frequentemente usa esse poder, e foi para os pecados da Humanidade, como ele predisse, que ele derramou o seu próprio sangue. Ele convida todos os Homens a segui-lo, e que Promete a Paz e Vida Eterna a todo aquele que nele crê. Ele alega a pré-existência antes de Abraão e de todo o Mundo. Dispôs na Cruz lugares no Paraíso. Ele dirigiu aos seus Discípulos para baptizarem todas as nações, ele coordena-se com o Eterno Pai e o Divino Espírito, e promete estar com eles até à consumação dos tempos e voltar em Glória ao Mundo para Julgar todos os Homens. Ele, o mais Humilde e Simples, faz com que estas pretensões espantosas sejam Naturais e Fáceis. Ele nunca fraqueja, nunca pede desculpas, nunca explica, Ele proclama-se como a Verdade auto-evidente, mas nunca sentimos qualquer incongruência nem pensar de arrogância e presunção.
E, no entanto este testemunho, se não é verdadeiro, está cheio de blasfémia e loucura, no entanto esta remota hipótese não pode permanecer um momento sobre a Pureza Moral e Dignidade de Jesus, revelada nas suas Palavras e Obras, reconhecidas pelo consentimento Universal. Um Auto-Engano por parte de Cristo em matérias tão decisivas, e em todos os aspectos tão Clara e Sólida, está igualmente fora de questão. Como poderia Ele ser um Entusiasta ou um Louco que nunca perdera o equilíbrio da sua Mente, que navegou serenamente em todas as dificuldades e perseguições, como o Sol acima das Nuvens, que Respondeu sempre Sabiamente a todas as questões maliciosas, previu calmamente e deliberadamente a sua Morte na Cruz, sua Ressurreição no Terceiro Dia, a efusão do Espírito Santo, a fundação da sua Santa Igreja, a destruição de Jerusalém, predições que foram cumpridas literalmente? Um Carácter tão Original, tão Completo, tão uniformemente Coerente, tão Perfeito, tão Humano e no entanto acima de toda a Grandeza Humana, não pode nem ser uma Fraude nem uma Ficção. O Poeta, assim como foi bem dito, seria neste caso maior do que o Herói. Seria preciso mais de que um Jesus para inventar um Jesus.
Estamos, pois inaptos para reconhecer a Divindade de Cristo, e a razão Própria deve curvar-se no incrédulo silêncio perante a tremenda Palavra: “Eu e o Pai somos Um!” e responder cépticos com Tomé : “Meu Senhor e Meu Deus!”.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Fundador do Cristianismo V

"Se Sócrates viveu e morreu como um sábio, Jesus viveu e morreu como um Deus."

O Autor continua falar da figura de Cristo, como a perfeição Humana, o Sol da História!! Os Homens perante a vida de Cristo não conseguem explicar o inexplicável, temem e tremem, para no final comtemplarem, o Deus que veio à Terra!

Boa Leitura!

Quem é que não encolheria ao tentar descrever o carácter moral de Jesus, ou, depois de tê-lo tentado, não estar satisfeito com o resultado? Quem pode esvaziar um oceano em um balde? Quem (podemos perguntar com Lavater) “pode pintar o pintor a Gloria do Sol nascente com um carvão?” Nenhum ideal artístico chega até a realidade neste caso, embora possam superar outras realidades. Melhor e Santo é um Homem, mais ele sente a necessidade de perdão, mais ele fica longe do seu próprio padrão de excelência no entanto imperfeito. Mas Jesus, com a mesma Natureza Humana, foi tentado como nós, no entanto nunca cedeu, nunca teve motivos para lamentar qualquer pensamento, palavra, ou acção, nunca precisou de perdão, ou conversão, ou reforma, nunca caiu fora da Harmonia com o Pai Celestial. Sua vida toda foi um ao contínuo de auto-consagração para a Glória de Deus e do eterno bem-estar dos seus concidadãos, Homens. Um catálogo de Virtudes e Graças, completo, iria dar-nos uma visão mecânica. É a Pureza Imaculada Pura e Perfeita de Jesus, reconhecido pelos amigos quer pelos inimigos, é esta Harmonia e Simetria de todas as Graças, do Amor de Deus e Amor do Homem, da Dignidade e Humildade da Força e da Ternura, da Grandeza e da Simplicidade, de Auto-Controlo e Submissão, da Força Activa e Passiva. É em uma palavra, a Perfeição Absoluta, que eleva o Seu Carácter acima de todos os outros Homens e faz que seja uma excepção a uma regra universal, um milagre moral na História. É irrelevante instituir comparações com Santos e Sábios, antigos ou modernos. Mesmo o infiel Rousseau foi forçado a exclamar: “Se Sócrates viveu e morreu como um sábio, Jesus viveu e morreu como um Deus.” Aqui é mais do que o céu estrelado acima de nós, que encheram a alma de Kant com a crescente referência e temor. Aqui está o Santo dos Santos da Humanidade, aqui está, a Própria Porta do Céu.
Indo ao ponto em admitir a Perfeição Humana de Cristo, como o Historiador poderia fazer o contrário? Nós somos conduzidos a um passo mais longo, para o reconhecimento das suas incríveis reivindicações e obras, que são verdadeiras, ou então destruiremos todas as fundações de admiração e reverência no qual ele é unanimidade. É impossível construir a vida de Cristo sem admitir seu carácter sobrenatural e miraculoso.
A Divindade de Cristo, e toda sua missão como Redentor, é um artigo de fé, e, como tal, acima da demonstração lógica ou matemática. A encarnação ou a união da Divindade infinita com a Humanidade finita, em uma Pessoa é, o mistério dos mistérios. “O que pode ser mais glorioso do que Deus? O que mais vil do que a Carne? Que mais maravilhoso do que Deus na carne e osso?”101 Ainda com a excepção de todos os Dogmas da Igreja que fica fora do campo do Historiador, a Divindade de Cristo tem um poder de evidência que força irresistivelmente a mente e reflexão do Historiador, ao passo que a negação da sua Pessoa a torne num enigma inexplicável.