sábado, 18 de abril de 2009

A Estrela de Belém I

"Uma estrela difere de outra em esplendor." (1 Cor. 15, 41)

O autor vai-nos falar da famosa estrela da Belém, aquela que anuncia a vinda do Messias, muitos julgam que foi um milagre sobrenatural, outros que foi um cometa, mas Deus é o autor do Universo, que ainda está, cheio de segredos!
Este tópico terá três postagens.

Boa Leitura!

(2) Outra dica cronológica está no Evangelho de Mateus 2:1-4, 9, que tem sido verificada pela astronomia, é a Estrela de Belém ou dos Rei Magos, que surgiu antes da morte de Herodes, e que naturalmente atrairia a atenção dos Sábios astrónomos do Leste, ligada à expectativa do advento de um grande Rei entre os Judeus. Essa crença surgiu a partir da profecia de Balaão “a estrela que surge de Jacob” (Num. 24:17), e entre as profecias messiânicas de Isaías e Daniel, que amplamente prevaleceram no Oriente desde a dispersão dos Judeus109.
A mais antiga interpretação dessa estrela, foi a da passagem de um meteoro, ou um fenómeno estritamente milagroso, que se situa fora da ciência astronómica, e talvez apenas vista pelos Reis Magos. Mas a Providência, geralmente trabalha através de fenómenos naturais, e que Deus fê-lo neste caso é muito provável, devido a uma notável descoberta astronómica. O grande e Devoto Kepler observou nos anos 1603 e 1604 uma conjunção de Júpiter e Saturno, evento que mais raro se tornou e luminoso devido à adição de Marte no mês de Março de 1604. No Outono do mesmo Ano, observou perto dos planetas Júpiter, Saturno e Marte, um nova (fixa) estrela de brilho incomum, que surgiu “numa triunfal pompa, como, alguns dos mais Poderosos Monarcas em visita ao seu Reino.” Era resplandecente e brilhante “ como a mais bela e gloriosa tocha, jamais vista impulsionada por um forte vento”, no qual pareceu-lhe ser “uma obra excessivamente maravilhosa de Deus110.” Seu Génio percebeu que este fenómeno conduzia com determinação ao ano do Nascimento de Cristo, e com cuidadosos cálculos, ele constatou que uma similar conjunção de Júpiter e Saturno, e com a posterior adição de Marte, provavelmente alguma estrela extraordinária, tomou o seu lugar repentinamente A. U. 747 e A. U. 748 na constelação dos Peixes.
É digno de nota que Judeus astrólogos atribuem especial significado para a conjunção dos planetas de Júpiter e Saturno, unindo-o ao advento do Messias111.
A descoberta de Kepler foi quase esquecida até ao Séc. XIX, quando foi confirmada por diversos ilustres astrónomos independentes, Shubert de Petersburgo, Ideler e Encke de Berlim, e Pritchard de Londres. Pritchard que pronunciou ser “tão certo como qualquer fenómeno celestial na Antiguidade”. Não há dúvida que faz a peregrinação dos Reis Magos a Jerusalém e a Belém mais inteligível. “ A estrela da Astrologia tornou-se assim uma tocha cronológica” como diz Ideler, e um argumento para a veracidade dos primeiros Evangelhos112.
Objecta-se que Mateus quis mencionar apenas uma única estrela (comp. Mateus 2:9), em vez de uma combinação de estrelas. Hence Dr. Wieseler completa o cálculo de Kepler e Ideler apelando à ajuda de um cometa que apareceu a partir de Fevereiro a Abril, A. U. 750, de acordo com as tabelas astronómicas Chinesas, que Pingré e Humboldt reconheceram – nas como históricas. Mas isto é um pouco inverosímil e dificilmente necessário, para a extraordinária estrela descrita por Kepler, ou Júpiter na sua aparência mais luminosa, conforme descrito por Pritchard, essa conjunção memorável, responderia suficientemente à descrição de uma única estrela por Mateus, que em todos os eventos descritos não devemos pressionar literalmente, pois a linguagem Bíblica sobre fenómenos naturais, como no caso dos corpos celestes não é científica, mas fenomenal e popular. Deus condescendeu à fé astrológica dos Magos simbólica em todos os aspectos da vida, e provavelmente também fez uma revelação interna antes, bem como após o surgimento da estrela (comp. 2:12).
Se aceitarmos os resultados dos cálculos astronómicos, estes trazem-nos para entre dois anos da Natividade, ou seja, entre A. U. 748 (Kepler) e 750 (Wieseler). A diferença decorre, naturalmente, a partir da incerteza da hora da partida e a duração da viagem dos Magos.

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