sábado, 31 de outubro de 2009

Causas do Sucesso

"Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que vos tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência." Deuteronómio 30:19

Como o título diz, o autor fala das causas mais naturais para o sucesso do Cristianismo, pelo ponto de vista de um historiador!

Boa Leitura!

Quanto à composição numérica do Cristianismo, no encerramento de primeiro século, não temos nenhuma informação que seja. Relatórios estatísticos eram desconhecidos nesses dias. A estimativa de meio milhão entre os cem milhões habitantes do Império Romano é provavelmente exagerada. A conversão pentescotal de três mil pessoas num só dia em Jerusalém228, e a “imensa multidão” de mártires sob Nero229, favorecem uma alta estimativa. As Igrejas de Antioquia, também de Éfeso, Corinto eram fortes o suficiente para suportar a pressão da controvérsia e a divisão em partidos230. Mas a maioria das congregações foram sem dúvida pequenas, muitas vezes mero punhado de pessoas pobres. Nos estados dos países pagãos (como o nome indica) conservou-se o nome ainda depois do tempo de Constantino. As conversões Cristãs pertencem à maioria da média e baixa classe da sociedade, tais como pescadores, camponeses, mecânicos, comerciantes, livres e escravos. São Paulo diz: “Não há entre vós muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres. Mas o que há de louco no mundo, é que Deus escolheu para confundir os sábios, e o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte. O que o mundo considera vil e desprezível é que Deus escolheu, escolheu os que nada são, para reduzir a nada aqueles que são alguma coisa.231” E ainda estes pobres, Igrejas analfabetas foram os recipientes dos mais nobres dons, e viveram os mais profundos problemas e altos pensamentos que podem desafiar a atenção de um espírito imortal. O Cristianismo foi construído a partir da base para cima. Desde os níveis mais baixos, vêm os Homens elevados do futuro, que constantemente reforçam os níveis superiores e evitam a sua decadência.
No momento da conversão de Constantino, no inicio do quarto século, o número de Cristãos podem ter atingido os dez ou doze milhões, ou seja, cerca de um décimo da população do Império Romano. Alguns estimam ainda números mais elevados.
O rápido sucesso do Cristianismo sob as mais desfavoráveis circunstâncias é surpreendente e a sua melhor vindicação. Foi alcançado na face de um mundo indiferente ou hostil, e por meios puramente espirituais e morais, sem derramamento de uma gota de sangue excepto os de seus próprios inocentes mártires. Gibbon, no famoso décimo quinto capítulo de sua “História”, atribui a rápida disseminação de cinco causas, a saber: (1) a intolerância religiosa, mas alargado zelo dos Cristão herdados dos Judeus; (2) A doutrina da imortalidade da alma, em relação ao qual os antigos filósofos tinham, mas vagas e sonhadoras ideias; (3) Os poderes milagrosos atribuídos à primitiva Igreja; (4) A mais pura, mas austera moralidade dos primeiros Cristãos; (5) A unidade e a Disciplina da Igreja, que gradualmente formaram uma comunidade crescente no coração do Império Romano. Mas cada uma destas causas, bem compreendidas, aponta para a superior excelência e a Divina origem da Religião Cristã, e é esta a causa principal, que o Historiador deísta omite.

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