“Fizeste-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração está inquieto, enquanto não repousa em Vós”. (Santo Agostinho)
Este texto, trata da inexplicável sabedoria de Jesus, ainda que só dispuse-se dos meios de instrução "que estavam abertos para o Judeu mais humilde", como desmantela os erros gnósticos sobre a infânçia de Jesus!
Boa Leitura!
Jesus Cristo veio ao mundo no reinado de Augusto César, o primeiro imperador Romano, antes da morte de Herodes o Grande, no ano Zero da tradicional data da nossa Era. Ele nasceu em Belém da Judeia, na linha real de David, de Maria “A Serva de Deus e Virgem Mãe”. O mundo estava em Paz, e as portas de Jano foram fechadas apenas a segunda vez na História de Roma. Existe uma aptidão poética e moral nesta coincidência: esta garantiu uma audiência por parte dos gentios, para a mensagem delicada da paz que poderia ter morrido afogada nas paixões das guerras e do clamor das armas. Os Anjos do Céu proclamaram a Boa-Nova com cânticos de Louvor. Pastores Judaicos dos campos vizinhos de Belém, e sábios do Extremo Oriente cumprimentaram o recém-nascido com a homenagem de corações crentes. O Céu e a Terra se uniram em alegre adoração ao redor do Deus Menino, sendo a festa deste Evento celebrada ano para ano entre altos e baixos, ricos e pobres, velhos e jovens, em todo o mundo Civilizado. A ideia de uma infância perfeita, sem pecado e Santa, sendo verdadeiramente Humana e Natural, nunca tinha estado antes na mente de um Poeta ou de um Historiador, e quando a lendária fantasia dos evangelhos Apócrifos, tentaram preencher o silêncio dos Castos Evangelhos, pintaram prodígios anti-naturais de uma criança em que os animais selvagens, árvores, e ídolos se curvavam, ele que mudava as bolas de argila em pássaros que voavam para divertimento dos seus companheiros. A juventude de Jesus Cristo está velada em Mistério. Sabemos apenas um facto, mas um muito significativo. Aquando em menino de doze anos, ele espantava os doutores no Templo por suas perguntas e respostas, sem os repelir pela imodéstia da sua prematura Sabedoria, e encheu seus Pais com reverência e temor pela sua absorção nas coisas do seu Pai Celestial, no entanto foi sujeito e obediente a eles em todas as coisas. Também aqui, há uma clara linha de distinção entre o milagre sobrenatural da História e os prodígios anti-naturais da ficção dos evangelhos apócrifos, no qual representam Jesus, respondendo as mais instruídas das mais perplexas questões acerca da astronomia, medicina, física, metafísica e psicologia.98 A condição externa e a sua vida na sua Juventude estão em nítido contraste com o surpreendente resultado da sua vida pública. Ele cresceu discretamente e despercebido numa vila montanhosa insignificante da Galileia, longe da cidade de Jerusalém, das escolas e bibliotecas, sem nenhum meios de instrução salvo aqueles que estavam abertos para ao Judeu mais humilde – os cuidados dos Pais devotos, as belezas da Natureza, os serviços da Sinagoga, a secreta comunhão da alma com Deus, e as Escrituras do Velho Testamento, que registou, na forma e profecia o Sua Próprio Carácter e Missão. Todas as tentativas que tentam elaborar a sua Doutrina derivadas de escolas e seitas existentes têm falhado completamente. Ele nunca se refere às tradições dos anciões excepto quando se lhes opõe. Dos Fariseus e Saduceus diferiu igualmente, e provocou sua hostilidade mortal. Com os Essénios ele nunca entrou em contacto. Ele era independente da Aprendizagem e Literatura Humana, das escolas e dos partidos. Ele ensinou ao Mundo como não devesse nada ao Mundo. Ele veio do céu e falou, para fora da plenitude do Seu Relacionamento Pessoal com o Grande Pai. Ele não era estudioso, nenhum artista, nem orador, no entanto, foi mais Sábio do que todos os sábios, Ele falou como nunca o Homem falou, e marcou a sua Geração e todas as outras que se seguiram e seguem, como nenhum Homem jamais fez ou pode fazer. Daí a surpresa natural dos seus contemporâneos, expressa nesta questão: “De onde é que isto Lhe vem e que sabedoria é esta que Lhe foi dada?”99
sábado, 21 de março de 2009
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