"O que os olhos não viram, os ouvido não ouviram, o coração do homem não pressentiu, isso Deus preparou para aqueles que o amam."
Como o título diz, o autor dá-nos um vislumbre sobre a dispersão dos Judeus por todo o Império Romano, e a sua enorme influênçia que tinham nas Terras onde estavam instalados, e que mais tarde seriam como A Matéria-Prima para o Cristianismo.
O primeiro capítulo do livro acaba com este tópico que terá duas Postagens.
Boa Leitura!
O império Romano, embora estabelecesse directamente, não mais do que uma união política externa, ainda promoveu indirectamente uma mútua aproximação intelectual e moral da Religião Pagã e Judaica, que foram conciliados em um reino espiritual pelo poder sobrenatural de Cristo.
1. Os Judeus, desde o cativeiro da Babilónia, espalharam-se por todo o mundo. Eles eram tão omnipresentes no império Romano no primeiro século como são agora na Cristandade. De acordo com Josefos e Strabo, não houve qualquer País onde eles não fizessem parte da População85. Entre as testemunhas do milagre do Pentecostes foram “Judeus de todas as nações debaixo do çéu... Partos, Medos, Elamitas, habitantes da Mesopotânia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia cirenaica, colonos de Roma, Judeus e prosélitos, cretenses e Árabes.”86 Apesar da antipatia e inveja dos Gentios, que tinham pelo o talento e indústria dos Judeus, estes aumentavam a suas riquezas, influênçias e, privilégios, construindo sinagogas em todas as cidades comerçiais do império Romano. Pompey trouxe um número considerável de Judeus cativos de Jerusalém para a capital (bc 63), e estabeleceu-os nas margem direita do rio Tibre (Trastevere). Ao estabelecer estas comunidades, forneçeu sem o saber, a “matéria-prima” para a Igreja Romana. Júlio César foi o grande protector dos Judeus, e eles mostraram a sua gratidão pela recolha de muitas noites lamentando a sua morte no fórum onde o seu corpo assassinado foi queimado.87 Ele lhes concedeu a liberdade do culto público, e assim deu-lhes um estatuto jurídico de uma sociedade religiosa. Augusto confirmou estes privilégios, sob o seu reino foram numerados já por milhares na cidade. Seguida de uma reacção por parte de Tibério e Claudio que expulsaram os Judeus de Roma, mas eles cedo voltaram, e conseguiram garantir o livre exerçicio dos seus ritos e costumes. As frequentes alusões satíricas que eles sofriam, provam a sua influênçia, bem como a aversão e desprezo que tiveram por parte dos Romanos. Seus ensinos atingiram os ouvidos de Nero através da sua esposa Poppaea, que parece tê-lo inclinado para a sua fé, e Josefos, o erudito mais distinto dos Judeus, gozava de favor dos três imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano. Na língua de Seneca (citado conforme St. Agostinho) “os Judeus conquistados deram Leis aos conquistadores Romanos”. Pela a dispersão dos Judeus as sementes do conhecimento do verdadeiro Deus e da esperança messiânica foram cultivadas no campo do mundo idolatrado.
O Antigo-Testamento foram traduzidas para o Grego dois séculos antes de Cristo, e foram lidas e expostas à adoração pública de Deus, que estava aberta para todos. Cada sinagoga eram como estações onde se expandia o monoteísmo, e forneçeu aos apóstolos um admirável e natural lugar para a sua pregação de Jesus Cristo como o Messias esperado pela a Lei e os Profetas. Então como o paganismo religioso tinha sido irremediavelmente prejudicado pela filosofia céptica e incredualidade popular, muitos fervorosos Gentios especialmente multidões de mulheres, convertíam-se ao Judaísmo, no todo ou parcialmente. Quando convertiam-se totalmente à fé, chamados de “prosélitos rectos”88 eram, geralmente, ainda mais intolerantes e fanáticos do que os Judeus nativos. Aqueles parcialmente convertidos chamados “estrangeiros, dentro das tuas portas” ou “tementes a Deus” adoptaram apenas o monoteísmo, as prinçipais leis morais, e as esperanças messiânicas dos Judeus, sem terem sido circuncidados, aparecem no Novo-Testamento como o mais susceptível ouvinte do evangelho, e formaram o núcleo de muitas das primeiras Igrejas Cristãs. Desta classe foram o Centurião de Cafarnaum, Cornélio de Cesareia, Lídia de Tiatira, Timóteo, e muitos mais proeminentes discípulos.
quarta-feira, 11 de março de 2009
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