domingo, 24 de outubro de 2010

O Milagre do Pentecostes e o nascimento da Igreja Cristã A.D. 30. Parte I

"É por isso que vos digo: Não vos preocupeis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir, pois a vida é mais que o alimento, e o corpo mais que o vestuário."Lc 12:22-23;

Vou recomeçar a seguir o Philip Schaff, começando no capítulo IV- S. Pedro e a conversão dos Judeus - dado ter acabado o capítulo 3 com a cronologia Apostólica. Continuarei a seguir também Eusébio de Cesareia. Em principio às Quintas e Sábados continuarei este último, e às Sextas e Domingos o primeiro. O autor vai agora escrever sobre o 1º Pentecostes cristão.

Boa leitura!

A ascensão de Cristo ao céu foi seguida dez dias depois pela descida do Espírito Santo sobre a terra e o nascimento da Igreja (Católica). O evento Pentecostal foi o resultado necessário a seguir ao efeito da Páscoa. Ele nunca poderia ter ocorrido sem a anterior Ressurreição e Ascensão. Foi o primeiro acto do reino mediador do Redentor exaltado no Céu, e o início de uma série ininterrupta de manifestações na observância da sua promessa de estar com o seu povo, “sempre, até aos fins dos tempos". Pois a sua ascensão foi apenas um retiro de sua presença local e visível, e o início da sua omnipresença espiritual na Igreja, que é "seu corpo, a plenitude daquele, que cumpre tudo em todos". O milagre da Páscoa e o milagre Pentecostal são contínuos e verificados pelos milagres morais quotidianos da regeneração e da santificação de toda a Cristandade.

Temos apenas um relato autêntico do evento que marcou (a história mundial), no segundo capítulo dos Actos, mas na despedida de Nosso Senhor endereçada aos seus discípulos, a promessa do Paráclito que deveria conduzi-los à Verdade inteira é muito proeminente
251, no qual toda a história da Igreja Apostólica é iluminada e aquecida pelo fogo Pentecostal252.

Pentecostes, ou seja, o quinquagésimo dia após a Páscoa, Sábado
253, uma festa de alegria e júbilo, na mais bela estação do ano, que atraía um grande número de visitantes de terras estrangeiras a Jerusalém254. Uma das três grandes festas anuais dos judeus em que todos os homens eram obrigados a comparecer perante o Senhor. A Páscoa era a primeira, e a festa dos Tabernáculos, a terceira. O Pentecostes dura um dia, mas os judeus estrangeiros, após o período do cativeiro, ampliaram para dois dias. Era a "festa da colheita", ou "dos primeiros frutos", e também (segundo a tradição rabínica) a comemoração do aniversário da legislação do Sinai, que ocorreu supostamente no quinquagésimo dia após o Êxodo da terra de servidão255.

Este festival foi admiravelmente adaptado para o evento de abertura da história da Igreja Apostólica. Recorda normalmente a primeira colheita de cristãos, e o estabelecimento da teocracia nova em Cristo, conforme o sacrifício do Cordeiro Pascal e o êxodo do Egipto prenunciavam a redenção do mundo pela crucificação do Cordeiro de Deus. Em nenhum outro dia poderia a efusão do Espírito sublimado do Redentor produzir resultados tão ricos e ao mesmo tempo tornar-se tão amplamente conhecido. Podemos traçar neste dia, não só a origem da Igreja mãe em Jerusalém, mas também a conversão dos visitantes de outras cidades, como Damasco, Antioquia, Alexandria e Roma, que em seu retorno iriam levar o Evangelho para seus lares distantes. Pois os estrangeiros enumerados por Lucas como testemunhas do grande evento, representam quase todos os países em que o Cristianismo foi plantado pelo trabalho do apostolos
256.


Nota: () as palavras dentro de parênteses são minhas.

Sem comentários:

Enviar um comentário