sábado, 27 de novembro de 2010

Glossolalia IV

Philip Schaff - "History of the Christian Church" (continuação)

"Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo, fazei penitência e crede no Evangelho." Marcos 1:15

O autor agora vai descrever 7 teorias, (aqui só estão 4 na próxima postagem tem as outras 3) já levantadas para explicar o pentecoste. Algumas teorias mais racionais outras místicas! Infelizmente a quarta, tem mais frases em Alemão (julgo que é essa a língua) do que em Inglês, no qual eu traduzo o respectivo texto, por isso, se alguém souber alemão e quiser traduzir esteja à vontade!

Nota: Para o autor a hetero-glossalia é a glossalia, no qual o falar em línguas, diz respeito também ao ensino em línguas estrangeiras, no qual o Pentecostes, segundo a descrição de Lucas em Actos, é aparentemente a única que se insere!

Boa Leitura!

(a) A interpretação racionalista corta o nó górdio ao negar o milagre, como um engano do narrador ou da tradição cristã primitiva. Mesmo Meyer renuncia a hetero-glossolalia, na medida em que difere da glossolalia de Coríntio, como uma tradição não-histórica que originou num erro, porque ele considera que a súbita comunicação inicial habilitada em falar em línguas estrangeiras como "logicamente impossível, e psicologicamente e moralmente inconcebível" (Com. em Actos 2:4, 4 ª ed.). A dificuldade é que Lucas, o companheiro de Paulo, deve ter se familiarizado com a glossolalia apostólica nas igrejas, e nas duas outras passagens onde ele menciona, evidentemente significam, o mesmo fenómeno descrito por Paulo.

(b) A hetero-glossolalia foi um erro dos ouvintes (a Hörwunder), que no estado de excitação extraordinária e profunda simpatia, imaginavam que ouviam falar as suas próprias línguas pelos discípulos, enquanto Lucas simplesmente narra a sua impressão, sem corrigi-la. Esta opinião foi mencionada (embora não aprovada) por Gregório de Nissa, e mantida pelo Pseudo-Cipriano, o venerável Bede, Erasmus, Schneckenburger e outros. Se a linguagem Pentecostal era o dialecto helenístico, poderia, com seu carácter compósito, seus Hebraísmos e Latinismos, mais facilmente produzir tal efeito quando ditas por pessoas, mexendo no fundo mais íntimo dos seus corações e eleva-los de si mesmos. S. Francisco Xavier é dito que se fez entender pelos hindus sem conhecer sua língua, e São Bernardo, Santo António de Pádua, São Vicente Ferrer foram capazes, pelo poder espiritual de sua eloquência, acender o entusiasmo e a oscilação das paixões das multidões que eram ignorantes de sua língua. Olshausen e Bäumlein chamou a estes fenómenos do magnetismo e sonambulismo, pelo qual as pessoas entram em harmonia misteriosa.

(c) A glossolalia como língua arcaica, com glosses poéticas, e uma mistura de palavras estrangeiras. Essa visão, defendida por Bleek (1829), e adoptada com algumas modificações por Baur (1838), já foi mencionado acima (p. 233), como incompatíveis com o uso helenístico, e o significado natural de Lucas.

(d) A explicação mística que se refere ao dom Pentecostal de Línguas, de alguma forma como contrapartida da confusão de línguas em Babel, quer como a restauração temporária da língua original do Paraíso, ou como uma antecipação profética da linguagem dos céus em que todas as línguas estão unidas. Esta teoria, que é mais profunda do que clara, torna a hetero-glossolalia em um homo-glossolalia, e coloca na linguagem o próprio milagre e a sua restauração temporária ou antecipada. Schelling chama o milagre pentecostal "Babel invertida" (das umgekehrte Babel), e diz: "Dem Ereigniss der Sprachenverwirrung lässt sich in der ganzen Folge der religiösen Geschichte nur Eines an die Seite stellen, die momentan wiederhergestellte Spracheinheit (oJmoglwssiva) am Pfingstfeste, mit dem das Christenthum, bestimmt das ganze Menschengeschlecht durch die Erkenntniss des Einen wahren Gottes wieder zur Einheit zu verknüpfen, seinen grossen Weg beginnt." (Einl. in d. Philos. der Mythologie, p. 109). Um ponto de vista semelhante foi defendido por Billroth (em sua Com. Em 1 Coríntios. 14, p. 177), que sugere que a língua primitiva combinou elementos das diferentes linguagens derivadas, de modo que cada ouvinte ouviu fragmentos de sua autoria. Lange (II. 38) vê aqui a linguagem normal da vida espiritual interior, que une os redimidos, e que atravessa todas as idades da Igreja como o fermento de línguas, que regenera, transforma e consagra as acções espirituais e sagradas, mas ele assume também, como Olshausen, uma relação harmoniosa entre palestrantes e ouvintes. Delitzsch (l.c.p. 1186) diz: Die apostolische Verkündigung erging damals in einer Sprache des Geistes, welche das Gegenbild der in Babel zerschellten Einen Menschheitssprache war und von allen ohne Unterschied der Sprachen gleichmässig verstanden wurde. Wie das weisse Licht alle Farben aus sich erschliesst, so fiel die geistgewirkte Apostelsprache wie in prismatischer Brechung verständlich in aller Ohren und ergreifend in aller Herzen. Es war ein Vorspiel der Einigung, in welcher die von Babel datirende Veruneinigung sich aufheben wird. Dem Sivan-Tag des steinernen Buchstabens trat ein Sivan-Tag des lebendigmachenden Geistes entgegen. Es war der Geburtstag der Kirche, der Geistesgemeinde im Unterschiede von der altestamentlichen Volksgemeinde; darum nennt Chrysostomus in einer Pfingsthomilie die Pentekoste die Metropole der Feste."O ponto de vista de Ewald (VI. 116 sqq.) é igualmente místico, mas original e expressivo com a sua convicção habitual. Ele chama a glossolalia uma "Auflallen und Aufjauchzen der Christlichen Begeisterung, ein stürmisches Hervorbrechen aller der verborgenen Gefühle und Gedanken in ihrer vollsten Unmittelbarkeit und Gewalt." Ele diz que no dia do Pentecostes, as expressões mais inusitadas e os sinónimos das línguas diferentes (como pathvr JO ajbbav, Gal 4:6;. Rom 8:15, e Mara;. Ajqav n 1 Coríntios 16:22.), eram reminiscências das palavras de Cristo como retumbantes do céu, misturadas no turbilhão de uma nova linguagem do Espírito, e exprimindo a alegria exuberante do primitivo cristianismo em balbuciante hinos de louvor nunca ouvidos antes ou desde então, excepto nas manifestações mais fracas do mesmo presente nas igrejas de Coríntio e noutros igrejas apostólicas.

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