sábado, 5 de dezembro de 2009

A Reconstrução Crítica da História da Idade Apostólica

"Tu dominas o ímpeto do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as fazes aquietar." Salmos 89:9

O Autor vai analisar duas escolas Antagónicas, que teorizam sobre a historicidade da Idade Apostólica, a crítica Textual, e a Crítica Histórica!

Boa Leitura!
(Goethe.)

Nunca antes na História da Igreja como a origem do Cristianismo, com os seus documentos originais, foram tão minuciosamente examinados a partir de posições completamente opostas, como na actual geração. Foi absorvido o tempo e a energia de muitos notáveis académicos e críticos. Tal é a importância e o poder daquele pequeno livro que “contêm a sabedoria de todo o mundo” que exige cada vez novas investigações, e põe em movimento, mentes de todos os quadrantes e crenças e não crentes, como todas as vidas dependessem da sua aceitação ou rejeição. Não há um facto ou doutrina que não tenham sido minuciosamente revistados. Toda a vida de Cristo, os trabalhos e os escritos dos Apóstolos com as suas tendências, antagonismos, e reconciliações são teoricamente reproduzidos entre os estudiosos e revistos em todos os aspectos possíveis. A idade pós apostólica foi por necessária ligação, inserida no processo de investigação e colocada sobre uma nova Luz.
Os grandes eruditos bíblicos entre os Padres foram directamente envolvidos na concepção do Livros Sagrados e dos registos Católicos formando a doutrina da Salvação, e os preceitos de uma vida Santa. Os reformadores, e os antigos protestantes, estudaram com um especial zelo os princípios evangélicos, separados da Igreja Católica, mas todos sobre o terreno comum de uma reverencial crença na inspiração divina e na autoridade das escrituras. A idade actual e proeminente é histórica e crítica. As escrituras são submetidas ao mesmo processo de investigação e análise, como todas as outras obras de literatura da antiguidade, sem outra finalidade que não a apurar os factos reais, no caso. Queremos saber a origem exacta, o crescimento gradual, e a conclusão completa do Cristianismo como um histórico fenómeno em ligação orgânica com os acontecimentos contemporâneos e os pensamentos correntes. Todo o processo através do qual passou a partir de uma manjedoura em Belém até à Cruz do calvário, e do Cenáculo de Jerusalém até ao trono de César, deve ser reproduzido, explicado e entendido, de acordo com as leis do desenvolvimento histórico regular. E, neste processo crítico, os próprios fundamentos da Fé Cristã têm sido agredidos e desrespeitados, de modo que a questão é, “ser ou não ser.” A observação de Goethe é profunda como verdadeira: “O conflito da Fé e da incredulidade continua a ser apropriado, o único, o tema mais profundo da História do mundo e da humanidade, no qual todos os outros estão subordinados.”
O movimento Crítico moderno começou, podemos dizer, por volta de 1830, e ainda está em pleno andamento, e é provável que continue até o final do século XIX, como a própria Igreja Apostólica se estendeu durante um período de setenta anos antes de ter desenvolvido os seus recursos. Primeiro foi confinado na Alemanha (Strauss, Baur, e a Escola Tubingen), depois propagou-se até à França (Renan) e Holanda (Scholten, Kuenen), e por último até à Inglaterra (“Religião Sobrenatural”) e América, de modo que a batalha se estende ao longo de toda a linha de Protestantismo.
Há dois tipos de criticismo Bíblico, o verbal e histórico.

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