História Eclesiástica - Eusébio Cesaréia (continuação)
Boa Leitura!
1.Enquanto o ensinamento de nosso Salvador e sua Igreja floresciam a cada dia e progrediam mais e mais, a ruína dos judeus chegava ao máximo com sucessivas calamidades. Corria já o ano dezoito do imperador266 quando estourou novamente uma rebelião dos judeus que levou à ruína uma enorme multidão dentre eles.
2.Efectivamente, em Alexandria, assim como no resto do Egipto e ainda em Cirene, como que instigados por um espírito terrível e faccioso, amotinaram-se contra seus vizinhos, os gregos. A rebelião cresceu enormemente, e no ano seguinte, sendo então Lupo o governador de todo o Egipto, provocaram uma guerra nada pequena.
3.Ocorreu que no primeiro choque eles venceram aos gregos, os quais, refugiando-se em Alexandria, prenderam os judeus da cidade e mataram-nos. Mas os judeus de Cirene, não recebendo a ajuda que esperavam destes, dedicaram-se a saquear o país do Egipto e a devastar seu nomos, sob o comando de Lucúa267. Contra eles o imperador enviou Márcio Turbon com forças de infantaria e de marinha e inclusive de cavalaria.
4.Este, depois de manter dura luta contra eles em muitas batalhas e durante bastante tempo, deu morte a muitos milhares de judeus não apenas em Cirene, mas também aos que vinham do Egipto, que haviam se sublevado com Lucúa, seu rei.
5.Mas o imperador, suspeitando que também os judeus da Mesopotâmia atacariam os habitantes dali, ordenou a Lusio Quieto que limpasse deles a província. Este organizou também uma batida contra eles e assassinou uma grande multidão, façanha pela qual o imperador nomeou-o governador da Judéia. Estes fatos são relatados também com termos idênticos pelos gregos que puseram por escrito dos acontecimentos de seu tempo.
266 O ano 18 de Trajano, antes de Setembro de 115.
267 O historiador Dion Casio chama este líder de André.
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