História Eclesiástica - Eusébio Cesaréia (continuação)
Boa Leitura!
1. O mesmo escrito sobre os citados mártires contém ainda outro relato digno de menção e não haverá inconveniente em que eu o proponha ao conhecimento dos leitores. É assim:
2.Alcibíades, um deles, levava uma vida austera até a miséria. A princípio não recebia nada em absoluto, nada ingerindo além de pão e água. Inclusive no cárcere tratava de seguir o mesmo regime. Mas a Atalo, depois de seu primeiro combate travado no anfiteatro, foi revelado que Alcibíades não fazia bem não usando das criaturas de Deus e deixando para os outros um exemplo de escândalo338.
3.Alcibíades, persuadido, começou a tomar de tudo sem reservas e dava graças a Deus339. A graça de Deus não se descuidava deles, mas antes, o Espírito Santo era seu conselheiro. E baste assim destes casos.
4.Como foi justamente então que os partidários de Montano, Alcibíades340 e Teodoto, começaram a dar a conhecer entre muitos na Frígia sua opinião sobre a profecia (pois os muitos outros milagres do carisma de Deus, que até então ainda vinham se realizando pelas diversas igrejas, produziam em muitos a crença de que também aqueles eram profetas), havendo surgido discrepâncias por sua causa, novamente os irmãos da Gália formularam seu próprio juízo, precavido e inteiramente ortodoxo, sobre eles, expondo também diferentes cartas dos mártires consumados entre eles, cartas que, estando ainda no cárcere, haviam escrito aos irmãos da Frígia, e não somente a eles, mas também a Eleutério, então bispo de Roma, como embaixadores em favor da paz das igrejas.
338 O estilo de vida de Alcibíades não indica que fosse necessariamente um montanista.
339 1 Tm 4:3-4.
340 Não o mesmo Alcibíades mencionado acima, mas um companheiro de Montano.
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