Boa Leitura!
1. Clemente, cujas palavras acabamos de ler, em seguida ao que foi dito anteriormente e por causa dos que rechaçam o matrimónio, dá-nos uma lista dos apóstolos que comprovadamente foram casados e diz: "Ou também vão desaprovar os apóstolos? Porque Pedro235 e Felipe criaram filhos; e mais, Felipe deu maridos a suas filhas236, e Paulo, ao menos em certa Carta, não vacila em dirigir-se a sua consorte237, que não levava consigo para facilitar o ministério."
2. Já que lembramos destas coisas, nada impede que citemos também outro relato de Clemente digno de ser exposto. Escreveu-o no livro VII dos Stromateis e narra-os da seguinte forma: "Conta-se pois que o bem-aventurado Pedro, quando viu que sua própria mulher era conduzida ao suplício, alegrou-se por seu chamamento e seu retorno para casa, e gritou forte para animá-la e consolá-la, chamando-a por seu nome e dizendo: "Oh, tu, lembra-te do Senhor!" Assim era o matrimónio dos bem-aventurados e a perfeita disposição dos mais queridos." Este era o momento oportuno para isto, por relacionar-se com o tema de que tratamos.
235 Mc 1:30; diz apenas que Pedro era casado, nada fala sobre filhos.
236 Esta declaração de Clemente não tem respaldo na Bíblia.
237 Segundo 1 Co 7:8 Paulo não estava casado. A afirmação de Clemente baseia-se numa leitura de Fp 4:3 diferente do texto aceito.
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a questão de padres casados não é uma questão de vida ou de morte mas uma questão segundária.
ResponderEliminaré verdade que há padres que vivem bem no celibato mas outros que são devidamente santos na vida conjugal (mesmo sendo Padres).
Creio que com o tempo tudo será bem interpretado e estou convensida que seguir o exemplo dos Ortodoxos é a melhor solução.
abraço,
olga.
Se desde cedo a Igreja aconselhou o celibato, seguindo S. Paulo. A realidade foi outra sendo mais o celibato uma excepção,só depois da crise moral na Igreja, que ocorreu por volta do século X devido à desagregação do império de Carlos Magno e a uma consequente senhoralização que submeteu a Igreja aos senhores temporais para sua protecção, é que a Igreja viu-se invadida por homens sem vocação, que chegou mesmo ao Papado, mas iluminada pela graça, começou a querer separar as águas ao impedir que homens temporais pudessem entrar nela apenas por suas riquezas,assim começou a condenar o nicolaísmo (casamento dos religiosos) mais persistentemente e institui o celibato como obrigatório para toda a Igreja, para ser mais difícil a pessoas com interesses temporais de ingressar na Igreja, devido ao seu poder material.A esse movimento chama-se reforma gregoriana. O celibato funcionou no passado, como um dissuasor de homens sem vocação, hoje simboliza mais a renuncia ao mundo.
ResponderEliminar"é verdade que há padres que vivem bem no celibato mas outros que são devidamente santos na vida conjugal (mesmo sendo Padres)." há um pouco de tudo, mas a Igreja não pode legislar para casos particulares porque é impossível, a boa lei por sua própria natureza é universal, e por isso julgo que se o celibato foi necessário no passado para afastar homens temporais, hoje é ainda mais importante devido ao espírito material que hoje impera na Igreja, o que por outro lado, evidencia que há muitos padres que já não cumprem o seu celibato que julgo eu, já é consequência da invasão do espírito mundano na Igreja, tal como aconteceu no passado, mas agora de outras formas.Seria pois um péssimo sinal que a Igreja dava ao abrir mão do celibato, quando hoje a Igreja precisa exactamente fazer um caminho ao contrário, para contrariar a crise em que vive, lá está, por estar a ser invadida pelo mundo.
Abraços! ^^
ResponderEliminarSó queria dizer também que não respondia aos comentários porque estes estavam sem nenhuma moderação, agora já meti e vou poder trocar opiniões xD
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