domingo, 4 de setembro de 2011

Os trabalhos de Paulo I

"Considerai os lírios, como crescem; não fiam, nem tecem. Contudo, digo-vos: nem Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu como um deles. Se Deus, portanto, veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã se lança ao fogo, quanto mais a vós, homens de fé pequena!" Lucas 12:27-28

Philip Schaff - "History of the Christian Church" (continuação)

Boa Leitura!

"Ele que pode partir do seu país e parentes,
e desprezar as delícias, e trilhar o caminho espinhoso,
Uma coroa celeste, pelo trabalho e dor, para ganhar -
Ele que insultam, pôde pagar com terno amor,
E bofetadas, com orações amargas pelos seus inimigos –
Ele que, brotou do chamado do seu capitão,
Combateu o bom combate, e quando no último dia
de fogo provar, pode nobremente cair
Como fosse um Santo – ou mais – e tal foi São Paulo!
—Anon.
A conversão de Paulo foi uma grande revolução intelectual e moral, mas sem destruir a sua identidade. Seus dons e realizações nobres permaneceram, mas foram purgados dos motivos egoístas, inspirado por um novo princípio, e consagrado a um fim divino. O amor de Cristo que o salvou, agora era a sua paixão absorvente, e nenhum sacrifício foi grande demais para manifestar a sua gratidão a Ele. O arquitecto da ruína tornou-se um arquitecto do templo de Deus. O mesmo vigor, profundidade e agudeza de espírito, mas iluminado pelo Espírito Santo, o mesmo temperamento forte e zelo ardente, mas limpo, suave e controlado pela sabedoria e moderação, a mesma energia e ousadia, mas juntamente com brandura e mansidão e, acrescentando a tudo isso, como presentes coroados da graça, um amor e humildade, uma ternura e delicadeza de sentimentos, tais como são raramente, ou nunca, encontrado num personagem tão orgulhoso, viril e heróico. A Epístola a Filémon revela um perfeito cavalheiro cristão, um nobre da natureza, duplamente enobrecido pela graça. O décimo terceiro capítulo da primeira epístola aos Coríntios só poderia ser concebida por uma mente que havia subido na escada mística da fé para o coração palpitante do Deus de amor, mas sem inspiração mesmo Paulo não poderia ter escrito a descrição da seráfica virtude que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, que nunca falha, mas vai durar para sempre na tríade das graças celestes: fé, esperança, amor.


Sem comentários:

Enviar um comentário