Boa Leitura!
1.De Pedro reconhecemos uma única carta, a chamada I de Pedro. Os próprios presbíteros antigos utilizaram-na como algo indiscutível em seus próprios escritos. Por outro lado, sobre a chamada II carta, a tradição nos diz que não é testamentária175; ainda assim, por parecer proveitosa a muitos, é tomada em consideração junto com as outras Escrituras.
2.Quanto aos Actos que levam seu nome e o Evangelho dito como seu, assim como a Pregação que se diz ser sua e o chamado Apocalipse, sabemos que de modo algum foram transmitidos entre os escritos católicos, pois nenhum autor eclesiástico, nem antigo nem moderno, utilizou testemunho tirado deles.
3.À medida em que avance esta História farei propositadamente que, junto às sucessões, sejam indicados os escritores eclesiásticos, segundo as épocas, que utilizaram os livros discutidos e quais deles, e também o que dizem dos escritos testamentários e admitidos, e dos que não o são.
4.Pois bem, os escritos que levam o nome de Pedro, dos quais somente uma única carta conhecemos como autêntica e admitida pelos presbíteros antigos, são os já referidos.
5.Por outro lado, é evidente e claro que as catorze cartas são de Paulo. Contudo, não é justo ignorar que alguns rechaçaram a carta aos Hebreus, dizendo que a Igreja de Roma não a admite por crer que não é de Paulo. O que foi dito sobre ela por aqueles que me precederam será exposto a seu devido tempo. Naturalmente, também não aceitei entre os escritos indiscutidos os Actos que se dizem ser dele.
6.Mas, como ocorre que o mesmo apóstolo, nas despedidas finais da carta aos Romanos, menciona, junto com outros, a Hermas - de quem se diz que é o livro do Pastor-, deve-se saber que alguns também rechaçam este livro e que por causa deles não se pode conta-lo entre os admitidos; por outro lado, outros julgam-no muito necessário, especialmente para os que precisam de uma introdução elementar. Por esta razão sabemos que foi lido publicamente nas igrejas e comprovamos que alguns escritores dos mais antigos fizeram uso dele.
7.Baste o dito como exposição de quais são as divinas Escrituras não discutidas e quais são as que nem todos admitem.
175 Isto é, canónica.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
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