sábado, 25 de abril de 2009

A Estrela de Belém III

"Jamais as trombetas se calarão nos Céus... Até todos tomarem conhecimento De que... as Estrelas São, daqueles que as acenderam…"

Tudo indica que de facto a Estrela de Belém, foi um fenómeno muito raro e ainda hoje um pouco obscuro, espero que a partir de hoje seja mais conhecido...

Boa Leitura!

Ideler descreve o resultado de seu cálculo (vol. II. 405) assim: Eu fiz os cálculos com todos os cuidados... Os resultados são suficientemente marcantes. Ambos os planetas [Júpiter e Saturno] entraram em conjunção pela primeira vez no A. U. 747, 20 de Maio no 20º grau da constelação Peixes. Eles apareciam em seguida, sobre o céu antes do nascer do Sol e estavam apenas um grau separados. Júpiter passava Saturno, a norte. Em meados de Setembro ambos estavam em oposição ao Sol à meia-noite no Sul. A diferença de longitude era um grau e meio. Ambos se afastavam e voltavam a aproximar-se. No dia 27 de Outubro uma segunda conjunção teve lugar no 16º grau da constelação de peixes, e no dia 12 de Novembro, quando Júpiter moveu-se novamente para Este, a terceira, no 15º grau da mesma constelação. Nas últimas duas conjunções também a diferença de longitude era apenas de 1º grau, de modo que para à vista nua ambos planetas parecessem uma estrela. Se os astrónomos Judeus atribuem grandea expectativas à conjunção dos dois planetas na parte superior na constelação de Peixes, esta deve, acima de tudo ter aparecido para eles a mais significativa”.
Em sua curta Lehrbuch der Chronologie, que apareceu em Berlim 1831 um Vol., pp. 424-431, Ideler dá substancialmente a mesma conta um pouco abreviada, mas com ligeiras, modificações dos valores de base em um novo cálculo com melhor tabelas feitas pelo célebre astrónomo Encke, que coloca a primeira conjunção de Júpiter e Saturno A. U. 747, 29 de Maio, a segunda em 30 de Setembro, a terceira no dia 5 de Dezembro. Veja a tabela completa de Encke, p. 429.
Completámos essa conta com um trecho de um artigo sobre a Estrela dos Reis Magos pelo Rev. Charles Pritchard, MA, Exmo. Secretário da Sociedade Astronómica Real, que fez um novo cálculo da conjunção do A. U. 747, de Maio a Dezembro, e publicou os resultados em Memórias do Real Ast. Society, vol. XXV., e nos Smith’s “Dicíonário Bíblica”, p. 3108, Am. Ed., onde ele diz: “Nessa altura [final de Setembro, A. C. 7] não pode haver dúvidas Júpiter iria apresentar para os astrónomos, principalmente em uma atmosfera tão clara, um magnífico espectáculo. Era então a sua mais brilhante aparição, pois foi na sua abordagem tanto mais próximo ao Sol como à Terra. Não muito longe dele seria visto, com muito menos interesse o seu companheiro Saturno. Este glorioso espectáculo continuou praticamente inalterado durante vários dias, até à nova separação lenta dos planetas, terminando em seguida a trajectória de separação, quando Júpiter reassumindo um movimento directo, aproximando-se outra vez de Saturno para um terceira conjunção, apenas como os Reis Magos podem ter supostamente entrado na Cidade Santa. E, para completar o fascínio da História, cerca de uma Hora e meia depois do pôr-do-sol, os dois planetas podiam ser vistos a partir de Jerusalém, uma vez que estavam sobre o meridiano, e suspensos no céu de Belém ao longe. Estes fenómenos celestiais, assim descritos, assim foram vistos, e a sua primeira impressão parece certamente preencher as condições da Estrela dos Reis Magos. Se Pritchard, no entanto, rejeita a identidade da conjunção com a única estrela de Belém, é por causa de entendimento demasiado literal da linguagem de Mateus que leva a um entendimento miraculoso do fenómeno.

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